Indonésia já notificou os oito estrangeiros condenados à morte
A Indonésia informou hoje que notificou oficialmente os nove condenados à morte por tráfico de drogas, dos quais oito estrangeiros, que as sua execuções estão iminentes.
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Mundo Pena
Os oito estrangeiros -- da Austrália, Brasil, Nigéria e Filipinas -- já foram transportados para a ilha prisão de segurança máxima de Nusakambangan, onde os prisioneiros irão enfrentar um pelotão de fuzilamento, juntamente com um preso indonésio, apesar dos apelos dos países envolvidos e das críticas das organizações internacionais.
"Hoje, mesmo agora, nós acabámos de notificar todos os condenados, nove pessoas, exceto Serge (Atlaoui)", disse à agência AFP o porta-voz do procurador-geral, Tony Spontana, acrescentando que dentro de, pelo menos, três dias as sentenças serão executadas.
O francês Serge Atlaoui, que está no 'corredor da morte' na Indonésia por tráfico de droga, não vai fazer parte do próximo lote de execuções judiciais no país, disse hoje, mais cedo, o porta-voz.
Questionado sobre se os relatos de que Serge Atlaoui, de 51 anos, iria ser excluído do próximo conjunto de execuções por mandato judicial no país, dado que ainda tem pendente um recurso legal, o porta-voz do procurador-geral indonésio respondeu: "Sim, correto".
Spontana não deu a data das execuções, mas o advogado da Filipina Mary Jane Veloso disse que a sua cliente foi informada que seria executada na terça-feira.
A legislação antidroga na Indonésia é considerada como uma das mais severas a nível mundial. Em 2014, o Presidente indonésio, Joko Widodo, que termina as funções em outubro, rejeitou todos os pedidos de clemência apresentados pelos condenados à pena capital por tráfico de droga.
Entre os condenados à morte está o brasileiro Rodrigo Gularte, que foi preso em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf, tendo sido condenado em 2005.
Em janeiro, a Indonésia executou seis traficantes de droga, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre a Indonésia e o Brasil.
A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 depois de cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 condenados por tráfico de droga, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.
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