Parlamentares colombianos denunciam situação na Venezuela
Um grupo de mais de 30 parlamentares colombianos, entre eles o ex-Presidente da Colômbia Álvaro Uribe, escreveram à Organização de Estados Americanos (OEA) a pedir a aplicação da Carta Democrática interamericana na Venezuela.
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Mundo OEA
"Através da presente comunicação e atuando na qualidade de congressistas da República da Colômbia, preocupados pela situação humanitária da Venezuela, solicitamos formalmente, que se ative, de maneira imediata, a Carta Democrática da OEA, para preservar os direitos fundamentais e garantir as garantias mínimas da oposição democrática", lê-se no documento.
A missiva foi divulgada na rede social Twitter pela congressista de centro-direita, Maria Fernanda Cabal (centro-direita), uma das promotoras da iniciativa, que lembra "a morte de Franklin Brito (produtor agropecuário), por uma greve de fome, na época de (ex-Presidente venezuelano) Hugo Chávez".
"Atualmente o líder da oposição Leopoldo López encontra-se num delicado estado de saúde, assim como Daniel Ceballos e demais presos políticos, que devem ser protegidos na sua integridade física e psicológica", acrescenta-se na carta.
Na missiva, os parlamentares colombianos questionam "quantos mortos deseja a OEA para desempenhar o papel que lhe foi encomendado de salvaguardar a democracia na região", lamentando que os elementos da oposição venezuelana se tenham convertido "em mártires sem que o seu clamor seja atendido pela comunidade internacional".
"Exigimos à OEA que aplique imediatamente a Carta Democrática para a Venezuela, país que sofre sistematicamente todo o tipo de violações dos Direitos Humanos, perante o silêncio cúmplice do continente americano", frisa o documento.
Segundo os congressistas, "a defesa dos valores democráticos e dos Direitos Humanos não tem condições, ideologias ou fronteiras. São o pilar fundamental da dignidade humana e existência de uma sociedade justa".
A Carta Democrática interamericana, assinada a 11 de setembro de 2001 numa sessão especial da OEA, em Lima, é um instrumento que proclama como objetivo principal o fortalecimento e a preservação das instituições democráticas, determinando que a rutura ou alteração da ordem democrática constitui "um obstáculo insuperável"
Por outro lado faculta à OEA e aos seus países membros o debate para analisar situações de rutura democrática em qualquer estado membro.
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