As seis razões de Varoufakis para gregos votarem ‘não’ no referendo
Texto foi publicado pelo governante grego no seu blogue pessoal e na sua conta do Twitter.
© Reuters
Mundo Varoufakis
As negociações entre a Grécia e os credores europeus estão suspensas até à realização do referendo helénico que terá lugar no próximo domingo.
Yanis Varoufakis, ministro das Finanças grego, defendeu, esta quarta-feira num texto da sua autoria, por que razão os gregos devem dar um redondo ‘não’ à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional.
Na referida publicação, o governante defende que o ‘não’ no referendo dará força à Grécia para enfrentar as negociações com os credores, a quem acusa de serem os responsáveis pela atual crise.
Assim, como primeiro ponto, Varoufakis garante que “as negociações ficaram paradas porque os credores se recusaram a reduzir a nossa dívida pública que é impagável e insistiram que ela deveria ser paga ‘parametricamente’ pelos membros mais vulneráveis da nossa sociedade, as suas crianças e os seus netos”.
Na segunda razão, o governante escuda-se no “FMI”, nos “Estados Unidos”, em “muitos outros governos do mundo” e na “maioria dos economistas independentes”, referindo que todos “acreditam – tal como nós [gregos] – que a dívida deve ser reestruturada”.
E no terceiro ponto lembra: “Em novembro de 2012 o Eurogrupo concedeu que a dívida devia ser reestruturada, mas agora recusa comprometer-se com a reestruturação”.
Como quarto motivo para os gregos votarem ‘não’ no referendo, Varoufakis aponta que “desde o anúncio do referendo, as autoridades europeias têm enviado sinais de que estão dispostas a discutir a reestruturação da dívida”, o que para o dirigente grego é sinal de que “as autoridades europeias também votariam ‘não’ à sua própria oferta ‘final’”.
A quinta razão é uma garantia: “A Grécia vai ficar no euro”.
“Os depósitos nos bancos gregos estão a salvo. Os credores escolheram a estratégia da chantagem, baseada no encerramento dos bancos. O corrente impasse deve-se a esta escolha dos credores e não ao facto de o governo grego ter descontinuado as negociações ou a qualquer ideia que a Grécia tenha de sair do euro. O lugar da Grécia na zona euro e na União Europeia não é negociável”, acrescenta.
Por fim, Varoufakis defende que “o futuro requer uma Grécia orgulhosa dentro da zona euro e no coração da Europa”.
“Este futuro requer que os gregos digam um grande ‘não’ no domingo, que digam que vamos ficar na zona euro e que pelo poder que esse ‘não’ nos confere, vamos poder renegociar a dívida pública da Grécia assim como decidir como será feita a distribuição dos esforços entre os ricos e os pobres”, conclui.
Pode consultar o texto na íntegra aqui.
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