Guiana não está quer mediação da ONU em disputa com a Venezuela
A Guiana anunciou hoje não estar interessada no processo de mediação solicitado pela Venezuela à ONU para solucionar uma disputa territorial mantida numa zona marítima onde a norte-americana Exxon descobriu uma importante jazida de petróleo.
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Mundo Território
"Indicámos muito claramente ao secretário-geral da ONU que o processo de bons ofícios, que seguimos fielmente, não parece oferecer nenhuma solução para continuar em frente", disse o ministro guianense de Assuntos Exteriores, Carl Greenidge, numa conferência de imprensa transmitida pela Internet.
Segundo aquele responsável na Guiana "o sentimento é de que este processo (disputa) não evoluiu, passando a ser uma 'fachada' na qual a soberania da Guiana tem sido ameaçada".
A Venezuela anunciou este sábado que pediu a mediação da ONU para solucionar a disputa territorial.
O pedido foi feito numa carta do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, endereçada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, entregue na sexta-feira nas Nações Unidas pela ministra venezuelana das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez.
Segundo a carta, Caracas pretende que a mediação inclua "uma investigação histórica como meio coadjuvante à negociação".
No documento Nicolás Maduro considera que a Guiana "pretendeu dispor de maneira unilateral, sem notificação, de vastas extensões do território disputado, em detrimento da reivindicação mantida historicamente pela Venezuela".
O projeto de exploração da Exxon Mobil ao serviço da Guiana tem lugar numa zona, terrestre e marítima, de 159.500 quilómetros quadrados conhecida como Território Esequibo, cuja soberania é reclamada por Caracas e Georgetown.
A Guiana insiste que possui direitos sobre a zona reclamada, mas para a Venezuela a única área sobre a qual é possível negociar é o mar, com base num acordo assinado em Genebra em 1966.
A atual fronteira entre ambos países foi delimitada em 1899.
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