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Eurotunnel pede indeminização de 9,7 milhões aos governos francês e britânico

O grupo Eurotunnel pediu hoje uma indeminização de 9,7 milhões de euros aos governos francês e britânico para compensar as despesas e perdas operacionais com migrantes que tentam alcançar a Grã-Bretanha através do túnel da Mancha.

Eurotunnel pede indeminização de 9,7 milhões aos governos francês e britânico
Notícias ao Minuto

12:30 - 22/07/15 por Lusa

Mundo Canal

"No primeiro semestre, já foram comprometidos 13.000.000 de euros em despesas de segurança, equivalente ao total gasto em 2014", anunciou hoje o grupo, sublinhando que a legislação prevê que uma parte dessas despesas seja apoiada pelos Estados que admitiram a exploração do túnel.

A Eurotunnel revelou que "o Governo britânico já se comprometeu a pagar 4,7 milhões de euros em 2015".

A empresa anunciou que continua a garantir de uma forma intermitente a proteção do túnel e a controlar a passagem de migrantes para a Grã-Bretanha, explicando que "o número de migrantes intercetados pelas forças britânicas pode ser contados pelos dedos de uma mão".

"O essencial é intercetado na França e isso tem um custo", concluiu o CEO da Eurotunnel, Jacques Gounon, durante a apresentação dos resultados provisórios do Grupo.

A empresa explicou, na mesma apresentação, que, dos 9,7 milhões de euros reivindicados, cerca de dois terços correspondem a despesas extra, como novas barreiras que impedem os migrantes ou camiões de entrar no túnel, e o restante diz respeito a uma perda operacional.

O grupo acredita que o número de migrantes em Calais, no norte da França, é amplamente subestimado e, consequentemente, a quantidade das forças de segurança é insuficiente.

"Acho que o ministro do Interior disse recentemente que havia dois mil migrantes na floresta em Calais e todas as pessoas locais sabem que há cinco mil", afirmou Jacques Gounon.

A Eurotunnel já tinha feito um pedido nesse sentido no início do ano 2000 por um número de migrantes menor do que o atual. Nessa altura, a empresa foi bem-sucedida e o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia tinha estimado um prejuízo de 24 milhões de euros.

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