Forças lealistas do Iémen recuperam palácio de Aden
As forças pró-governamentais iemenitas recuperaram hoje o palácio presidencial, em Aden, e um avião militar saudita aterrou naquela cidade do sul do Iémen marcada pela guerra após recentes perdas territoriais dos rebeldes apoiados pelo Irão.
© Reuters
Mundo Rebeldes
A chegada de reforços recém-treinados e fortemente armados pela coligação liderada pela Arábia Saudita ajudou as forças leais ao Presidente exilado, Abdrabuh Mansur Hadi, a recuperar a maior parte de Aden, após quatro meses de violentos combates.
Trinta rebeldes morreram na batalha pelo palácio de Al-Maashiq, onde Hadi se refugiou antes de fugir para a Arábia Saudita em março, indicou uma fonte da milícia pró-governamental Resistência Popular.
A ilustrar os recentes avanços das forças pró-Hadi, um avião militar saudita aterrou hoje no recém-reaberto aeroporto da cidade.
A este avião, transportando ajuda humanitária, seguir-se-ão outros nos próximos dias, de acordo com o ministro dos Transportes, Badr Basalma, um dos dois ministros que regressaram a Aden depois de a cidade ter sido na sexta-feira declarada "libertada" pelo Governo no exílio.
"Isto é o início das operações no aeroporto", disse Basalma à imprensa no local, cujo controlo as forças lealistas apoiadas pela coligação liderada pelos sauditas retomaram na semana passada, na sequência de violentos combates com os rebeldes xiitas Huthi e seus aliados.
Fontes militares indicaram que oficiais da coligação estão em Aden a coordenar as operações.
Mas para tornar a cidade segura, os lealistas precisam de expulsar os rebeldes das províncias vizinhas de Lahj e Abyan, segundo o analista iemenita Majed al-Mathhadi.
O conflito teve efeitos devastadores sobre o povo iemenita: mais de 21,1 milhões de pessoas -- mais de 80% da população do Iémen -- precisam de ajuda, dos quais 13 milhões enfrentam carências alimentares, de acordo com as Nações Unidas.
A mesma fonte indica que o conflito já fez mais de 3.640 mortos, metade dos quais civis, desde finais de março.
Um cessar-fogo humanitário decretado pela ONU no início deste mês não foi respeitado. A organização internacional avisou, na altura, que o país estava apenas "a um passo da fome".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com