Obama é 1.º Presidente dos EUA a discursar na sede da União Africana
Barack Obama é hoje o primeiro Presidente norte-americano a discursar na sede da União Africana (UA), em Adis Abeba, terminando na Etiópia e no Quénia a sua pequena 'tournée' dominada por questões de segurança e Direitos Humanos.
© Lusa
Mundo Adis Abeba
Depois de Nelson Mandela, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) abordará às 13:30 locais (11:30 em Lisboa) terá a oportunidade de relatar a sua visão para o desenvolvimento de África, a resolução dos conflitos em curso e relembrar o empenhamento dos EUA, um ano após a cimeira EUA-África, em agosto de 2014.
"É uma visita histórica e mais um passo para aprofundar as relações entre a União Africana e os Estados Unidos", afirmou o presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini Zuma, antes da chegada de Barack Obama.
O edifício monumental da organização pan-africana, oferecido pela China, onde Barack Obama discursará, relembra que Pequim já deu vários contributos em investimentos em África.
O programa "Power Africa", lançado pelo Presidente norte-americano, que tem como objetivo duplicar o acesso à eletricidade em África até 2018, ainda se encontra em desenvolvimento e Obama pretende incentivar as empresas norte-americanas a envolverem-se no continente.
Após uma passagem pelo Quénia, o chefe de Estado norte-americano chegou no domingo à noite à Etiópia, país que combate os 'shebab' somalis no seio da força da União Africana, na Somália (Amisom), e que é um importante parceiro dos Estados Unidos ao nível da segurança da região do Corno de África.
Durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, em Adis Abeba, Obama afirmou que a Etiópia deve "fazer mais" em matéria de Direitos Humanos.
"Ainda há muito trabalho a fazer e acredito que o primeiro-ministro [Hailemariam Desalegn] é o primeiro a admitir que há muito para fazer", reforçou.
Em resposta, Hailemariam Desalegn afirmou que o compromisso da Etiópia para com a democracia "é real".
"O nosso compromisso para com a democracia é real e não é uma fachada", assegurou o primeiro-ministro da Etiópia, país regularmente acusado de violar os Direitos Humanos e de silenciar as vozes dissidentes.
Ainda na capital etíope, Barack Obama abordou a situação no Sudão do Sul, país devastado por uma guerra civil.
"Infelizmente, a situação continua a deteriorar-se. A situação humanitária agravou-se", disse então Obama, apelando para a concretização de um "acordo de paz" entre as diferentes fações do conflito para "as próximas semanas".
O conflito armado, que dura há 19 meses, já fez dezenas de milhares de mortos e mais de 2,2 milhões de deslocados, segundo observadores internacionais.
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