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"Se não tiver maioria no Parlamento, serei forçado a ir a eleições"

O líder grego admite que a possibilidade de eleições antecipadas não pode ser posta de lado.

"Se não tiver maioria no Parlamento, serei forçado a ir a eleições"
Notícias ao Minuto

13:53 - 29/07/15 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Mundo Alexis Tsipras

Em declarações a uma rádio grega, Sto Kokkino, Alexis Tsipras admitiu que poderá vir a ser forçado a levar o país a eleições antecipadas, mesmo mostrando ser “a última pessoa a querer eleições”, caso não tivesse “a maioria parlamentar para seguir até ao final do mandato”.

“Se não tiver uma maioria no Parlamento, serei forçado a ir a eleições”, garantiu o primeiro-ministro grego, concordando com os ministros da Administração Interna e do Trabalho que também já tinha falado dessa possibilidade.

O líder grego apelou ainda a uma união entre os membros do partido, mostrando que o Syriza não é um partido da oposição. “Um partido que é Governo deve ter uma abordagem unificadora”, admitiu.

Tsipras assegurou hoje que no início das negociações há seis meses os credores só estavam dispostos a conceder os fundos do segundo resgate, que estavam pendentes, e, sobretudo "os países do norte", "não queriam dar um único euro fresco" aos gregos "preguiçosos".

"A tese no Eurogrupo era que a Grécia devia cumprir o programa anterior, o de (Antonis) Samaras", com uma série de compromissos, que são "exatamente os mesmos" de agora, só que com a diferença de que o dinheiro disponível era de cerca de 12.000 milhões de euros para um total de cinco meses, afirmou Tsipras.

"Agora passámos para 86.000 milhões de euros para três anos", precisou, adiantando que o importante é que o terceiro resgate, caso seja assinado, prevê que uma vez concluída a primeira avaliação do programa em novembro, se fale do corte da dívida, questão que o Governo de esquerda radical converteu como um dos seus principais cavalos de batalha.

Tsipras também reconheceu hoje que se durante a maratona de negociações com os líderes da zona euro a 12 de julho tivesse feito o que "lhe pedia o coração", levantar-se e ir-se embora, teria ocorrido imediatamente um colapso bancário.

"Se tivesse feito o que me pedia o coração durante aquelas negociações de 17 horas" teriam ocorrido uma série de acontecimentos que teriam levado à perda de todos os depósitos bancários, assegurou Tsipras durante a entrevista à rádio.

Segundo Tsipras, primeiro teriam fechado as sucursais dos bancos no estrangeiro e depois o Banco Central Europeu (BCE) teria deixado de aceitar as garantias dos bancos gregos em troca da concessão dos créditos de emergência, o que acabaria por conduzir à falência de todos os bancos e à consequente perda dos depósitos.

Tsipras sublinhou que só podia optar entre "uma 'vitória de Pirro' ou um acordo" e adiantou que não se arrepende "nem um só momento" do que se passou em cinco meses de negociações.

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