Polícia francesa trava mais de mil imigrantes durante a noite em Calais
A polícia francesa declarou ter travado, durante a noite passada, mais de 1.000 tentativas de imigrantes que tentam chegar ao Reino Unido através do túnel que atravessa o canal da Mancha.
© Reuters
Mundo Canal
"Mais de 1.000 tentativas foram paradas na noite passada, sendo feitas 30 detenções", declarou fonte policial citada pela agência France Presse (AFP), acrescentando não haver registo de feridos entre os imigrantes.
A França enviou mais 120 agentes da polícia para o porto de Calais, no norte do país, para enfrentar a crise que já causou 10 mortes desde junho.
Os reforços tiveram impacto, uma vez que o número de tentativas de infiltração no Eurotunnel diminuiu mais de metade desde o seu pico, no início da semana.
Um homem morreu na madrugada de quarta-feira, esmagado por um camião quando tentava entrar no túnel.
Um porta-voz da empresa que gere o Eurotunnel declarou à AFP que têm acontecido "muito menos perturbações" desde o reforço do corpo policial presente na cidade.
Fonte da polícia admitiu que os reforços ajudaram, mas "a pressão dos imigrantes continua", e "continua a ser difícil lidar com a situação", apesar da diminuição do número de imigrantes a conseguir entrar nas plataformas.
Durante a noite, um jornalista da AFP testemunhou vagas de pessoas descerem até às linhas de caminho-de-ferro, sendo travadas pela polícia.
Pelo menos uma dúzia de imigrantes conseguiu atravessar o cordão policial, mas foram barrados por uma segunda linha de agentes.
Cerca de 3.000 pessoas, de países como a Síria, o Sudão e a Eritreia, estão acampados em Calais com a esperança de atravessar o canal ilegalmente, entrando de forma furtiva em camiões e comboios.
Para piorar ainda mais a situação, centenas de marinheiros franceses bloquearam a cidade na sexta-feira, usando barricadas de pneus queimados para impedir o acesso ao porto.
Os cerca de 300 trabalhadores da empresa francesa Scop SeaFrance protestam contra o plano de vender alguns dos seus 'ferries' à empresa dinamarquesa rival DFDS, o que se prevê resultar em centenas de despedimentos.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou hoje novas medidas para responder à crise, que incluem ajudas à polícia francesa e mais coordenação com as autoridades daquele país, para reduzir a pressão sobre o outro lado da fronteira.
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