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ONU deixará de alimentar perto de 7.000 ex-rebeldes em setembro

A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) anunciou que em setembro deixará de alimentar cerca de 7.000 ex-rebeldes congoleses e estrangeiros, explicando que tem falta de fundos e que Kinshasa deve assumir o encargo.

ONU deixará de alimentar perto de 7.000 ex-rebeldes em setembro
Notícias ao Minuto

11:34 - 26/08/15 por Lusa

Mundo República

"A Monusco alimenta 6.800 ex-combatentes" em diferentes campos de desmobilização, essencialmente situados no leste e no oeste da RDC (República Democrática do Congo), e o custo desta ajuda ascende a "dois milhões de dólares (1,7 milhões de euros) por mês", declarou Martin Kobler, chefe da Monusco, à agência France Presse.

"Estamos a falar com o governo para deixar de fornecer alimentação a 15 de setembro para os outros campos e a 30 de setembro ao de Kisangani (nordeste)" pois é preciso "transferir" esta responsabilidade para Kinshasa, adiantou.

Uma fonte da Monusco disse à AFP que o número de 6.800 inclui "certamente" as mulheres e crianças acantonados com os ex-rebeldes, mas não pode precisar a percentagem que aqueles representam.

A Monusco aplica um programa de desarmamento, desmobilização, repatriamento, reintegração e reinstalação dos rebeldes estrangeiros. A gestão dos campos de ex-combatentes, congoleses ou não, cabe à RDC e a Monusco dá ajuda alimentar e logística.

Atualmente, a Monusco -- uma das maiores missões da ONU no mundo com cerca de 20.000 homens e um orçamento anual de 1,4 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) -- "não tem dinheiro suficiente para alimentar" os ex-combatentes, insistiu Kobler.

Há cerca de 20 anos que o leste congolês é palco de confrontos entre dezenas de grupos armados congoleses e estrangeiros que se disputam por razões étnicas, por território ou pelo controlo dos importantes recursos mineiros da região.

Em dezembro de 2013, a RDC lançou um terceiro programa de desarmamento, desmobilização e reinserção para os rebeldes congoleses, que a comunidade internacional se mostrou relutante em financiar devido ao sucesso limitados de anteriores planos do género.

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