Ucrânia: Responsáveis pelos confrontos em Kiev devem ser punidos
O Presidente da Ucrânia declarou hoje que os responsáveis pelos confrontos mortíferos em Kiev merecem ser severamente punidos, classificando a violência como "uma facada nas costas".
© DR
Mundo Petro Poroshenko
"Foi um ato anti-ucraniano pelo qual todos os seus organizadores, sem exceção - todos representantes das forças políticas - devem ser severamente punidos", disse Petro Poroshenko, numa intervenção transmitida pela televisão.
Um membro da Guarda Nacional da Ucrânia morreu devido a ferimentos sofridos durante confrontos frente ao parlamento, que deixaram feridos cerca de 100 polícias e militares, anunciou o ministro do Interior, Arsen Avakov.
Fontes municipais disseram que dois jornalistas também ficaram feridos nos confrontos, entre a polícia e manifestantes nacionalistas, que protestavam contra a aprovação pela Rada Suprema (parlamento) da polémica reforma constitucional, que confere uma autonomia acrescida aos territórios separatistas do leste do país.
A granada foi lançada por um manifestante, já detido pela polícia.
Em comunicado, a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, afirmou que "os acontecimentos de hoje são muito preocupantes.
"Enviamos as nossas condolências à família do guarda morto e a nossa solidariedade aos feridos na explosão ocorrida durante uma manifestação em frente à Verkhovna Rada", acrescentou.
A representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para a liberdade dos 'media', Dunja Mijatovic, pediu "uma investigação rápida ao caso".
O porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, disse que Moscovo está preocupado com os confrontos em Kiev, mas acrescentou tratar-se de um problema interno ucraniano.
"Claro que condenamos estas manifestações de violência, recusamos totalmente estas situações", disse Dmitry Peskov aos jornalistas.
A Alemanha considerou "inaceitáveis as violências cometidas em Kiev", declarou fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Condenamos com a maior firmeza os confrontos sangrentos que ocorreram em frente ao parlamento em Kiev (...) a violência na rua é sempre inaceitável, mas ainda mais a violência contra as decisões de um parlamento eleito", acrescentou.
Este foi o pior confronto na capital ucraniana desde a revolta popular - que terminou em massacre - que afastou do poder o presidente pró-russo Vikton Ianukovich no ano passado, acontecimento que desencadeou o movimento de revolta no leste da Ucrânia.
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