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EUA impedem que se revelem torturas cometidas pela CIA
Pormenores da tortura feita sobre Abu Zubaydah não vão ser tornados públicos.
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Mundo Guantánamo
O governo norte-americano bloqueou a divulgação de um relatório com 116 páginas em que advogados de um preso de Guantánamo contam as torturas a que o seu cliente foi sujeito.
Abu Zubaydah perdeu um olho e foi afogado 83 vezes em apenas um mês. Estes são apenas alguns exemplos daquilo a que o recluso foi sujeito.
A decisão tomada pela administração de Barack Obama impede que mais detalhes sejam conhecidos, algo que é encarado pelos causídicos como uma forma de não prestar contas sobre a tortura cometida pela agência governamental de inteligência.
“Submetemos 116 páginas num total de 10 documentos diferentes. O governo declarou-as a todas como sendo secretas”, contou à Reuters o advogado Joe Margulies.
Em dezembro do ano passado, o critério para que documentos se tornem secretos tornou-se menos fechado e foi divulgado um relatório com pormenores sobre o tratamento dado ao recluso Majid Khan.
Ainda assim, e apesar de os causídicos garantirem que o relatório sobre Abu Zubaydah não inclui informações proibidas, o documento não vai ser tornado público.
O cidadão saudita Abu Zubaydah, de 44 anos, esteve nove anos preso em Guantánamo mas não foi acusado de qualquer crime.
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