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Médicos de São Tomé alertam para risco de "colapso" de hospital

O sindicato dos médicos são-tomenses avisou hoje para o risco de "colapso total" o principal centro hospitalar do país, o hospital Aires de Menezes, devido à falta de consumíveis clínicos.

Médicos de São Tomé alertam para risco de "colapso" de hospital
Notícias ao Minuto

14:38 - 26/09/15 por Lusa

Mundo Centro Hospitalar

O hospital "padece de uma patologia grave com tendências a entrar em colapso total", avisam os médicos num comunicado em que descrevem um conjunto de anomalias no hospital Aires de Menezes, entre eles a falta de recursos para determinar açúcar no sangue.

"Neste momento, no hospital Ayres de Menezes, a exceção do banco de urgência, não dispomos em nenhum outro serviço de fita de BMtest para determinar açúcar no sangue. Com essa fita podemos salvar uma vida em cinco segundos como também podemos perdê-la no mesmo tempo", diz o comunicado do sindicato dos médicos.

Tentando demonstrar ainda a situação de "colapso total" em que o hospital Aires de Menezes corre o risco de entrar, o sindicato dos médicos dá o exemplo de uma criança a quem foi "recomendada uma cirurgia de emergência pela telemedicina", mas "teve alta hospitalar em menos de 24 hora [assinada] por um técnico não autorizado".

No comunicado, é ainda feito um alerta para os casos dos distritos sanitários que "não têm cuidados médicos cirúrgicos".

O sindicato e a ministra da saúde estão de costas voltadas e os médicos já remeteram um pré-aviso de greve ao governo.

Em causa está a decisão da ministra Maria de Jesus Trovada de afastar dos serviços de saúde o único médico-cirurgião nacional, Pascoal de Apresentação.

O médico foi sancionado depois de ter sido aberto uma ação por suspeita de ser responsável pela morte de uma criança.

"Tal decisão da ministra, no nosso entender é exagerado e sem qualquer fundamento aparente", diz o comunicado do sindicato, assinado pela sua secretária-geral, Benvinda Vera Cruz.

O sindicato dos médicos fala em "desgraça no sistema nacional de saúde", manifestam "profunda indignação" com a decisão da ministra de afastar o médico-cirurgião e "reafirma todo o apoio moral" ao colega.

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