Europa e EUA estudam modo de desviar corpos celestes que ameacem a Terra
Europeus, russos e norte-americanos estão a estudar a melhor maneira de desviar qualquer corpo celeste que ameace a Terra e a realização de um ponto da situação está marcado para Março, em Bruxelas.
© Lusa
Mundo Asteróide
Um asteróide de 45 metros de diâmetro e 135 mil toneladas de peso passa hoje perto da Terra, a uma distância de cerca de 28 mil quilómetros, um décimo da distância entre o planeta azul e a Lua.
Segundo a agência espacial norte-americana, NASA, trata-se do maior corpo celeste alguma vez detectado a passar tão perto da Terra, mas não existe risco de colisão.
Se houvesse essa possibilidade, tentar fazer explodir o asteróide não seria uma solução, disse à agência noticiosa francesa AFP Erwan Kervendal, responsável pelo dossier na Astrium, subsidiária do grupo europeu de aeronáutica e defesa (EADS).
"Ninguém quer explodir um asteróide, isto não é Hollywood, e o remédio podia ser pior do que o mal ao multiplicar os riscos" devido à fragmentação do objecto, explicou.
Kervendal disse que estão a ser estudadas três opções "para desviar um objecto que ameace a Terra".
Uma consiste em "bater com força no objecto celeste (...) perto do seu centro de gravidade (...) num determinado ângulo para o desviar". Este é o cenário em que trabalham os europeus, como Kervendal.
Os norte-americanos, por seu turno, trabalham sobre a atracção que poderá exercer um veículo espacial colocado perto do asteróide e que funcionaria como um "tractor gravitacional", segundo a Astrium.
Os russos estudam uma terceira opção, um desvio da trajectória devido à onda de choque provocada por uma explosão perto do asteróide.
Em Março, em Bruxelas, cientistas e industriais farão o ponto da situação das investigações no "primeiro balanço anual do programa da União Europeia NEO-Shield (Escudo contra objectos próximos da Terra) lançado por três anos no início de 2012", disse Kervendal.
O cientista disse ainda que os estudos não estão "pressionados pelo tempo, porque não deve haver uma verdadeira ameaça de colisão antes de um século".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com