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Assistência internacional aos sírios é "totalmente inadequada"

Os esforços globais para ajudar os sírios, dentro ou fora do país, mostraram ser "totalmente inadequados", acusou a organização internacional Oxfam, num relatório hoje divulgado.

Assistência internacional aos sírios é "totalmente inadequada"
Notícias ao Minuto

06:22 - 07/10/15 por Lusa

Mundo Oxfam

O relatório "Solidariedade com os sírios" analisou a assistência e oportunidades de reinstalação para os refugiados disponibilizada por mais de 28 países e concluiu que apenas "uma mão cheia" tem estado a fazer a sua parte.

"A comunidade internacional está a mostrar-se totalmente inadequada na ajuda aos sírios, tanto dentro como fora do seu país", disse a Oxfam.

A organização criticou países como a Rússia, que não acolheu qualquer refugiado sírio e apenas contribuiu 1% da sua "quota justa" para ajuda humanitária, e a França, que contribuiu 22%.

"A resposta, em termos de assistência, é deficiente devido à falta de fundos -- ou, mais precisamente, à falta de vontade política para libertar fundos", disse Andy Baker, que lidera a resposta da Oxfam à crise síria.

À medida que a violência se intensifica, "muitos sírios estão literalmente a saltar para a água à procura de um futuro melhor", enquanto "países ricos têm ignorado repetidamente os alarmes".

Apenas 17 mil sírios foram, até agora, reinstalados num terceiro país. O lento processo empurrou milhares a tentarem chegar à Europa através de perigosas travessias marítimas e terrestres.

Para a Oxfam, as únicas exceções, além dos países vizinhos da Síria que acolheram a maioria dos refugiados, são a Noruega e a Alemanha.

"Os refugiados da Síria e de outros países têm o direito a não serem sujeitos à violência, a receberem ajuda para necessidades básicas e a serem recebidos num porto seguro", afirmou a diretora executiva da Oxfam, Winnie Byanyima.

Mais de quarto milhões de sírios foram forçados a fugir para os países vizinhos por motivos de segurança, e vários outros milhões foram internamente deslocados desde o início da guerra em 2011.

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