Parte em conflito na Líbia rejeita governo de unidade proposto pela ONU
O governo não reconhecido pela comunidade internacional na Líbia rejeitou hoje a proposta de executivo de unidade nacional proposto pelo emissário na ONU, na busca de uma saída política do conflito.
© Reuters
Mundo Tripoli
"Esse governo é rejeitado" porque "aprofunda as divisões entre os líbios", declarou hoje à agência noticiosa France Presse (AFP) Mahmud Abdel Aziz, membro do Congresso Geral Nacional (CGN), o parlamento com sede em Tripoli.
O emissário das Nações Unidas para a Líbia, Bernardino León, anunciou na sexta-feira ter sido encontrado um consenso sobre o nome do primeiro-ministro, Fayez el-Sarraj, e de 17 ministros de um governo de união nacional.
Este anúncio surgiu após diversos meses de negociações na estação balnear de Skhirat, em Marrocos, entre as duas partes rivais líbias e numerosos representantes da sociedade civil.
O parlamento reconhecido pela comunidade internacional, sediado em Tobruk (leste) tinha prevista uma reunião para o fim da tarde de hoje destinada a abordar a proposta do diplomata espanhol Bernardino León, indicou à agência noticiosa AFP o deputado Ali Tekbali, deixando entender que a poderia rejeitar.
O emissário da ONU "quer impor-nos um facto consumado", disse Tekbali, ao considerar que esse governo seria uma "fonte de divisões e não de unidade".
A rejeição da proposta contraria os apelos de diversos responsáveis internacionais. O CGN propôs uma série de alterações ao acordo de paz proposto pela ONU e declarou por diversas vezes que não assinaria o texto antes da elaboração de um acordo final.
Entre as condições do CGN inclui-se o respeito pela deliberação do Supremo Tribunal de Tripoli, que invalidou a existência do parlamento que se instalou em Tobruk.
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