Recordados na Cidade do México os 43 estudantes desaparecidos
Centenas de pessoas caminharam no sábado na Cidade do México até à basílica de Guadalupe, onde decorreu uma missa para recordar os 43 estudantes de Ayotzinapa, no dia em que se cumpriram 15 meses desde o seu desaparecimento.
© Lusa
Mundo 2014
"Hoje faz 15 meses, para nós é desesperante não saber o paradeiro dos nossos filhos. Estamos a lutar para que apareçam com vida", disse à Efe Bernabé Abraham Gaspar, pai de um dos estudantes desaparecidos no município de Iguala, no estado de Guerrero (sul do México), a 26 de setembro de 2014.
A marcha, organizada pelos pais dos jovens, estudantes e várias organizações, decorreu sob a forma de procissão, uma caminhada entre dois dos principais pontos religiosos da cidade -- a catedral metropolitana e a basílica.
"O mundo, nestas datas, apega-se muito ao espiritual e hoje queremos apelar à sociedade da Cidade do México para que nos acompanhe. Porque se o Governo mexicano aposta no cansaço, no tempo e no esquecimento, nós recordamos cada dia 26 que a dor está latente", afirmou o porta-voz dos pais, Felipe de la Cruz.
A 26 de setembro do ano passado, seis pessoas morreram e 43 estudantes desapareceram alegadamente às mãos de polícias e membros do crime organizado em Iguala.
Segundo a versão oficial, nessa noite os 43 alunos de uma escola de professores de Ayotzinapa foram detidos por polícias e entregues a membros do cartel Guerrero Unidos, que alegadamente os assassinaram e incineraram os respetivos cadáveres num aterro do município vizinho de Cocula.
No entanto, peritos da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que estudam o caso desde março passado questionaram esta versão e atualmete uma unidade especial do Governo analisa outros aspetos da investigação para apurar a verdade sobre os acontecimentos.
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