AICEP sob a tutela dos Negócios Estrangeiros "faz todo o sentido"
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, considerou hoje que a tutela exclusiva desta entidade pelo ministério dos Negócios Estrangeiros é "uma experiência muito positiva" e que "faz todo o sentido".
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Mundo Miguel Frasquilho
No novo Governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, passa a ter a "superintendência" da AICEP. No anterior executivo (PSD/CDS-PP), a tutela deste organismo, que antes pertencia ao ministério da Economia, passou para o Palácio das Necessidades, com Paulo Portas enquanto chefe da diplomacia e, quando este se tornou vice-primeiro-ministro, manteve a tutela, mas partilhada com os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia.
"Estamos muito habituados na AICEP a ter a tutela do ministério dos Negócios Estrangeiros. Pensamos que é uma experiência muito positiva e que não poderia deixar de ser de outra forma, porque ao fim e ao cabo os delegados, os diretores da AICEP estão co-localizados nas embaixadas e nos consulados, portanto faz todo o sentido que seja assim", considerou hoje Miguel Frasquilho, quando questionado pelos jornalistas sobre as mudanças de tutela.
Para o presidente da agência, antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças do governo de Durão Barroso e deputado do PSD, a tutela pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, "se reflete alguma coisa, é uma importância acrescida à diplomacia económica".
A economia, acrescentou, mantém uma palavra a dizer sobre a AICEP, já que "a tutela principal é do ministério dos Negócios Estrangeiros, mas a coordenação também é feita pelo ministério da Economia".
Santos Silva tem justificado esta alteração com o objetivo de integrar no ministério dos Negócios Estrangeiros "toda a rede de ação externa do país, desde a língua à economia".
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