China acusa membros do Partido Comunista de apoiar terrorismo
Um membro do governo de Xinjiang, a região do nordeste chinês onde Pequim diz atuarem grupos terroristas, assegurou que alguns membros do Partido Comunista nessa zona apoiam, e até organizam, atividades de terrorismo.
© Reuters
Mundo Xinjiang
"A maioria dos membros do Partido em Xinjiang é determinada e tem a mente limpa. No entanto, há membros do Partido que têm 'duas caras' no que toca às questões de anti-separatismo, anti-infiltração e antiterrorismo. Alguns dirigentes até apoiaram, participaram e organizaram atos terroristas", disse Xu Hairong, secretário da Comissão para Inspeção Disciplinar de Xinjiang.
Os comentários de Xu foram publicados no domingo num jornal afiliado à Comissão e citados pelo diário de Hong Kong South China Morning Post.
Segundo Xu, as autoridades de Xinjiang lidaram, no ano passado, com 672 casos de violação de disciplina política.
Na sexta-feira, as autoridades chinesas alertaram para o risco crescente de ataques terroristas na China.
No dia 01 de janeiro entrou em vigor na China uma lei antiterrorismo, que prevê a criação de um grupo nacional de combate ao extremismo.
A China considera os separatistas de Xinjiang responsáveis pelos conflitos na região, entre a minoria muçulmana uigur e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.
No entanto, peritos e grupos de defesa dos Direitos Humanos consideraram que a política repressiva de Pequim relativamente à cultura e religião dos uigures alimenta as tensões em Xinjiang.
Após os atentados em Paris, a 13 de novembro de 2015, a China elevou o nível de alerta terrorista e apelou a que os "separatistas uigures" sejam incluídos na luta mundial contra o terrorismo.
Em 2014, 712 pessoas foram condenadas na China por terrorismo e atividades separatistas, segundo dados oficiais apresentados durante a Assembleia Nacional Popular chinesa, que se realiza todos os anos em março.
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