Reserva Federal dos EUA "atenta" à evolução da economia mundial
A presidente da Reserva Federal (Fed), Janet Yellen, indicou hoje que prevê um crescimento moderado e uma subida gradual das taxas de juro nos Estados Unidos, mas manifestou-se preocupada com o impacto do abrandamento da economia mundial.
© Reuters
Mundo Janet Yellen
Os desenvolvimentos económicos externos "apresentam riscos para o crescimento norte-americano", afirmou a presidente do banco central dos Estados Unidos num discurso na Comissão de Finanças da Câmara dos Representantes divulgado antecipadamente.
Yellen afirmou que a incerteza em relação à política cambial na China aumenta a "volatilidade nos mercados financeiros" e considerou que as condições financeiras menos favoráveis nos Estados Unidos (como a descida das ações em Bolsa ou uma nova valorização do dólar) podem atingir "a atividade e o mercado de trabalho".
"O comité de política monetária (da Fed) está a seguir de perto os desenvolvimentos económicos e financeiros no mundo", afirmou, repetindo o que já era referido no comunicado publicado em janeiro após a última reunião de política monetária do banco central, que deixou as taxas de juro inalteradas.
A Fed decidiu subir ligeiramente as taxas de juro de referência na sua reunião de dezembro, depois de quase sete anos de taxas a um nível próximo de zero para apoiar a recuperação económica.
Yellen não afastou explicitamente a possibilidade de novas subidas das taxas de juro, mas salientou que "o comité de política externa prevê que as condições evoluam para que seja necessário apenas um aumento gradual das taxas".
A responsável do banco central dos Estados Unidos também manifestou confiança na ideia de uma subida da inflação, que tem permanecido muito baixa e assinalou que houve progressos "notáveis" no mercado de trabalho.
"O crescimento económico mundial deve recuperar ao longo do tempo", apoiado por políticas monetárias bastante acomodatícias, avançou, mas apontou também vários motivos de preocupação.
Sobre a China, Yellen considerou que "apesar de recentes indicadores económicos não sugerirem um acentuado abrandamento do crescimento chinês, a descida do yuan aumentou a incerteza sobre a política cambial chinesa e as perspetivas da economia".
Esta incerteza "aumentou a volatilidade nos mercados internacionais e (...) agravou os receios quanto à perspetiva de crescimento mundial", afirmou.
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