Conselho de Segurança da ONU vota hoje sanções contra Coreia do Norte
O Conselho de Segurança da ONU vai votar hoje um projeto de resolução redigido pelos Estados Unidos impondo uma série de novas sanções à Coreia do Norte na sequência dos recentes testes nuclear e de mísseis, informaram diplomatas.
© Lusa
Mundo Diplomatas
Os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas vão reunir-se às 15:00 (20:00 em Lisboa) para se pronunciar sobre o pacote de medidas que, segundo os Estados Unidos, vai impor as mais duras sanções de sempre à Coreia do Norte.
Os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança na semana passada, depois de alcançado um acordo com a China, o único aliado de Pyongyang, sobre as novas sanções.
A embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Samantha Power, afirmou que a adoção da resolução irá enviar "uma inequívoca e inflexível mensagem ao regime da DPRK: o mundo não vai aceitar a sua proliferação. Vai haver consequências para as suas ações".
A diplomata referia-se ao acrónimo do nome oficial da Coreia do Norte -- República Popular Democrática da Coreia.
A medida "vai abrir novos caminhos e representa o mais forte pacote de sanções imposto pelo Conselho de Segurança em mais de duas décadas", disse Power.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu aplicar novas medidas contra a Coreia do Norte, depois de o regime de Pyongyang ter levado a cabo o seu quarto ensaio nuclear a 06 de janeiro e ter lançado um foguete espacial, a 07 de fevereiro, com um satélite a bordo, considerado um teste encoberto de mísseis balísticos.
Ambos constituem violações a uma série de resoluções da ONU.
Na semana passada, a embaixadora norte-americana revelou que o projeto de resolução prevê a obrigação de inspecionar os carregamentos com origem e destino aquele país e duras limitações ao comércio.
Além das inspeções sistemáticas de mercadorias, as novas medidas proíbem a venda ao país de todo o tipo de armas convencionais e de combustível para a aviação e introduzirão importantes limitações às exportações de algumas matérias-primas.
Entre as medidas está um embargo total à venda de armas ligeiras, que completa as restrições já em vigor naquele âmbito, assim como novas sanções financeiras contra bancos e ativos norte-coreanos, adicionando 17 indivíduos e 12 entidades à "lista", incluindo a agência espacial norte-coreana NADA e aos seus serviços de inteligência.
O projeto de resolução inclui, pela primeira vez, "sanções setoriais", que segundo os Estados Unidos vão "limitar e em alguns casos proibir a Coreia do Norte de exportar carvão, ferro, ouro, titânico e terra raras".
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido têm apelado para uma rápida adoção do texto, mas a Rússia afirmou precisar de mais tempo para analisar o seu conteúdo.
O Conselho de Segurança da ONU impôs quatro pacotes de sanções à Coreia do Norte desde o seu primeiro teste atómico em 2006.
DM (MSE) // MP
Noticias Ao Minuto/Lusa
Os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas vão reunir-se às 15:00 (20:00 em Lisboa) para se pronunciar sobre o pacote de medidas que, segundo os Estados Unidos, vai impor as mais duras sanções de sempre à Coreia do Norte.
Os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança na semana passada, depois de alcançado um acordo com a China, o único aliado de Pyongyang, sobre as novas sanções.
A embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Samantha Power, afirmou que a adoção da resolução irá enviar "uma inequívoca e inflexível mensagem ao regime da DPRK: o mundo não vai aceitar a sua proliferação. Vai haver consequências para as suas ações".
A diplomata referia-se ao acrónimo do nome oficial da Coreia do Norte -- República Popular Democrática da Coreia.
A medida "vai abrir novos caminhos e representa o mais forte pacote de sanções imposto pelo Conselho de Segurança em mais de duas décadas", disse Power.
O Conselho de Segurança da ONU decidiu aplicar novas medidas contra a Coreia do Norte, depois de o regime de Pyongyang ter levado a cabo o seu quarto ensaio nuclear a 06 de janeiro e ter lançado um foguete espacial, a 07 de fevereiro, com um satélite a bordo, considerado um teste encoberto de mísseis balísticos.
Ambos constituem violações a uma série de resoluções da ONU.
Na semana passada, a embaixadora norte-americana revelou que o projeto de resolução prevê a obrigação de inspecionar os carregamentos com origem e destino aquele país e duras limitações ao comércio.
Além das inspeções sistemáticas de mercadorias, as novas medidas proíbem a venda ao país de todo o tipo de armas convencionais e de combustível para a aviação e introduzirão importantes limitações às exportações de algumas matérias-primas.
Entre as medidas está um embargo total à venda de armas ligeiras, que completa as restrições já em vigor naquele âmbito, assim como novas sanções financeiras contra bancos e ativos norte-coreanos, adicionando 17 indivíduos e 12 entidades à "lista", incluindo a agência espacial norte-coreana NADA e aos seus serviços de inteligência.
O projeto de resolução inclui, pela primeira vez, "sanções setoriais", que segundo os Estados Unidos vão "limitar e em alguns casos proibir a Coreia do Norte de exportar carvão, ferro, ouro, titânico e terra raras".
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido têm apelado para uma rápida adoção do texto, mas a Rússia afirmou precisar de mais tempo para analisar o seu conteúdo.
O Conselho de Segurança da ONU impôs quatro pacotes de sanções à Coreia do Norte desde o seu primeiro teste atómico em 2006.
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