Exército da Coreia do Norte simula ataque ao Governo sul-coreano
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-u, supervisionou um simulacro de ataque armado a instituições governamentais da Coreia do Sul e fez novas ameaças militares ao país vizinho, informou hoje a agência de notícias KCNA.
© Lusa
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O jovem ditador dirigiu o exército com fogo real, simulando "fazer explodir Cheongwadae [a Casa Azul presidencial] e os órgãos reacionários em Seul" com os disparos de "mais de uma centena de peças de artilharia de longo alcance", indicou a KCNA em comunicado.
"Os canhões de artilharia abriram fogo com um ruído ensurdecedor, atingindo fortemente os alvos imaginários: Cheongwadae e as máquinas de poder de Seul", descreve a agência.
Após o simulacro, Kim Jong-un felicitou as tropas, instando-as a "avançar para conseguir atingir o objetivo histórico da reunificação nacional enquanto recebia ordem para atacar".
A nova ofensiva chega dois dias depois de uma ameaça de ataque militar à Casa Azul, residência da Presidente Park Geun-hye.
Em resposta, a chefe de Estado sul-coreana ordenou, na quinta-feira, ao Governo que aumentasse o nível de vigilância e pediu às Forças Armadas para se prepararem para responder "de maneira agressiva" a qualquer ação armada do país vizinho.
As Coreias vivem um momento de tensão depois de a Coreia do Norte ter feito o seu quarto teste nuclear no início de janeiro e lançado um 'rocket' espacial em fevereiro, considerado um ensaio de mísseis encoberto.
Em resposta, o Conselho de Segurança da ONU impôs fortes sanções financeiras e comercias ao país, enquanto os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão ditaram medidas punitivas adicionais de forma unilateral.
Alem disso, Seul e Washington realizam até ao final de abril, em território sul-coreano, manobras militares de grande escala, consideradas um "ensaio de invasão" pela Coreia do Norte.
Em reação, o regime de Kim Jong-un emitiu várias ameaças de guerra e realizou vários lançamentos para o mar de mísseis de curto e médio alcance.
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