Panama Papers: Ucrânia diz que respeitou integralmente a lei
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que uma investigação internacional revelou ter registado uma empresa num paraíso fiscal no auge da guerra com os separatistas pró-russos, afirmou hoje que respeitou integralmente a lei.
© Reuters
Mundo Petro Poroshenko
A investigação internacional do Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, designada "Papéis do Panamá", revelou que o presidente pró-ocidental da Ucrânia registou uma empresa nas Ilhas Virgens britânicas, a 21 de agosto de 2014, cuja existência omitiu nas declarações de rendimento.
Num comunicado divulgado hoje na sua página no Facebook, Poroshenko não nega a existência da empresa, mas assegura que nunca violou a lei ucraniana ou as leis internacionais.
"Sou talvez o primeiro alto responsável na Ucrânia que encara as questões relacionadas com declarações de rendimentos, pagamento de impostos e conflitos de interesses com seriedade e profundidade e em total cumprimento da lei ucraniana e internacional", escreveu.
"Ao tornar-me presidente, deixei de participar na gestão dos meus bens, tendo delegado essa responsabilidade em consultoras e sociedades de advogados", acrescentou.
A Procuradoria--Geral da Ucrânia disse ter analisado as informações e não ter encontrado "nenhum indício de crime".
Já o líder do Partido Radical (populista), Oleg Lyashko, defendeu a demissão de Poroshenko e disse ter "iniciado procedimentos para a destituição" do presidente. O partido tem 21 dos 450 deputados do parlamento nacional ucraniano.
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