Primeiro-ministro francês apela à mobilização contra salafistas
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, apelou à mobilização contra "os salafistas", que considerou "uma minoria" fundamentalista pronta a vencer "a batalha ideológica e cultural" sobre o Islão em França, onde vive a maior comunidade muçulmana da Europa.
© Reuters
Mundo Manuel Valls
"Os salafistas devem representar atualmente um por cento dos muçulmanos no nosso país, mas a sua mensagem nas redes sociais é a única que se faz ouvir", em particular entre os jovens, afirmou o governante francês, na segunda-feira à noite, numa conferência em Paris sobre "O Islão e a recuperação populista na Europa".
Há cerca de cinco milhões de muçulmanos em França, consistindo na maior comunidade na Europa.
Os grupos salafistas, "uma forma de minoria ativa", estão "prestes a vencer a batalha ideológica e cultural", insistiu o primeiro-ministro francês.
Com quase todos os atentados ocorridos nos últimos anos em França perpetrados em nome do Islão, Manuel Valls denunciou "um terrorismo que nasce" no seio da própria sociedade francesa.
No mesmo sentido, o coordenador da União Europeia para a luta contra o terrorismo, Gilles de Kerchove, defendeu hoje, na rádio France Inter, que "a ideologia é uma fonte importante" da radicalização jihadista na Europa.
"Faríamos bem em criar um Islão europeu", defendeu.
Kerchove afirmou que os especialistas se dividem a este propósito: alguns, como Gilles Kepel, pensam que "o islamismo salafista alimenta a radicalização", e aqueles, como Olivier Roy, que acreditam que a adesão à ideologia jihadista "surge no fim do processo" de radicalização.
O salafismo é um movimento sunita que reivindica o regresso a um Islão das origens.
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