UE pede à Ucrânia investigação transparente a confrontos em Odessa
A União Europeia (UE) pediu hoje à Ucrânia uma "investigação independente e transparente" aos confrontos entre ativistas pró-russos e ultranacionalistas ocorridos em Odessa (sul) há dois anos, que causaram 48 mortos e mais de 200 feridos.
© Reuters
Mundo 2014
"Apelo às autoridades da Ucrânia para seguirem as recomendações do grupo consultivo internacional do Conselho da Europa e realizarem uma investigação independente e transparente. Todos os responsáveis dos crimes devem ser julgados", declarou o embaixador da UE em Kiev, Jan Tombinski.
O relatório do grupo consultivo sobre a investigação oficial dos incidentes em Odessa, apresentado em novembro, foi extremamente crítico, em particular no que se refere à atuação da polícia, que acusou "de cumplicidade" em relação aos distúrbios.
Dos 48 mortos, 42 eram ativistas pró-russos que enfrentaram os ultranacionalistas ucranianos no centro da cidade junto ao mar Negro, poucos meses depois da mudança de poder em Kiev e quando começava a guerra no leste da Ucrânia.
Os pró-russos foram perseguidos e encurralados por grupos radicais na Casa dos Sindicatos, que depois se incendiou por causas ainda desconhecidas. Alguns morreram ao saltar pelas janelas do edifício para fugir das chamas, enquanto os restantes foram asfixiadas pelo fumo, segundo as autoridades de Kiev.
Outras seis vítimas foram mortas a tiro durante os confrontos na rua entre os integrantes de duas manifestações.
Mais de 3.000 polícias foram mobilizados para garantir a ordem pública na data do segundo aniversário da tragédia e, segundo o jornal digital Ukrainska Pravda, efetivos das forças especiais "Alfa" e do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, antigo KGB) patrulham as ruas da cidade.
O ministro do Interior ucraniano, Artem Shevchenko, disse na rede social Facebook que a polícia descobriu hoje três granadas escondidas perto da praça palco dos confrontos de há dois anos, a Kulykove Pole, e que o acesso ao local tinha sido restringido.
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