Mal a sessão começou, foi logo encerrada por ordens do presidente em exercício, Inácio Correia, para quem não houve "condições para continuar" com os trabalhos, sobretudo depois de os deputados do Partido da Renovação Social (PRS), oposição, não o deixarem ler um discurso de abertura.
O responsável estava a tentar apresentar aos deputados a resposta da mesa em relação aos requerimentos apresentados pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder, e pelo PRS.
Visivelmente insatisfeitos com a resposta que a mesa estava a dar ao seu requerimento, os deputados do PRS insurgiram-se contra Inácio Correia, e alguns insultaram-no.
Inácio Correia teve que parar o discurso para responder a um deputado do PRS, a quem disse que o podia atender "fora do Parlamento, se fosse o caso".
Seguiram-se trocas de insultos entre os deputados do PRS e do PAIGC, que saíram em defesa de Inácio Correia, dirigente do partido no Governo.
Desde terça-feira, dia em que o Parlamento da Guiné-Bissau retomou os trabalhos que devem durar até 13 de junho, que a sessões têm sido sucessivamente suspensas devido ao ambiente crispado entre os deputados.
Na quinta-feira, a bancada do PRS, que detém 41 dos 102 mandatos no Parlamento, anunciou ser sua intenção derrubar o atual Governo através de uma moção de censura que quer ver agendada.