Secretário-geral da ONU pede embargo de armas no Sudão do Sul
O secretário-geral da ONU pediu hoje ao Conselho de Segurança para decretar "um embargo imediato de armas" destinadas ao Sudão do Sul, em resposta aos confrontos que causaram centenas de mortos.
© Getty Images
Mundo Ban Ki-moon
Ban Ki-moon pediu também "sanções seletivas" contra as partes sudaneses responsáveis pelos confrontos entre forças governamentais e ex-rebeldes.
Perante a persistência de violentos combates em Juba, o secretário-geral das Nações Unidos apelou ao Conselho de Segurança para "reforçar a missão da ONU no Sudão do Sul", nomeadamente com helicópteros de combate.
A capital sul-sudanesa de Juba é palco desde sexta-feira de violentos combates entre forças leais ao Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e ex-rebeldes do vice-Presidente, Riek Machar.
Kiir, ordenou hoje um cessar-fogo que entrou em vigor às 18:00 locais (16:00 em Lisboa), após três dias de combates na capital, Juba, anunciou o ministro da Informação, Michael Makuei.
Os combates causaram "mais de 300 mortos" apenas na sexta-feira, precisou Makuei. Não foi disponibilizado qualquer balanço dos dias seguintes.
Os confrontos, os primeiros em Juba entre o exército e ex-rebeldes desde que Machar regressou em abril à capital sul-sudanesa para ocupar o cargo de vice-Presidente num governo de união, obrigaram cerca de 10.000 segundo a ONU, a fugirem da violência na capital.
O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se no domingo e instou Salva Kiir e Riek Machar a "fazerem todos os possíveis para controlar as respetivas forças, travarem urgentemente os combates e impedirem o alastramento da violência".
As Nações Unidas pediram aos dois rivais para "se comprometerem genuinamente com a total e imediata implementação do acordo de paz, incluindo um cessar-fogo permanente".
Os confrontos em Juba iniciaram-se um dia antes do Sudão do Sul cumprir o seu quinto aniversário e quando tentava recuperar de uma guerra civil, desencadeada em dezembro de 2013, que deixou a economia em ruínas e causou dezenas de milhares de mortos e mais de 2,3 milhões de deslocados.
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