ONU começa a votar quinta-feira o novo secretário-geral
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza esta quinta-feira a primeira de várias votações secretas para escolher o próximo secretário-geral da organização.
© Lusa
Mundo Conselho de Segurança
Durante a votação, cada um dos 15 membros do Conselho vai ser solicitado para indicar se "encoraja", "desencoraja" ou "não tem opinião" sobre os candidatos.Nova Iorque, 20 jul (Lusa) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza esta quinta-feira a primeira de várias votações secretas para escolher o próximo secretário-geral da organização.
Os resultados não serão tornados públicos, mas serão transmitidos aos candidatos. É esperado que vários desistam da corrida devido à falta de apoios.
"Dependendo dos resultados desta primeira votação, pode ser realizada uma segunda antes do final do mês. Também são esperadas várias reuniões informais com os candidatos", explica a organização.
Neste momento, existem 12 candidatos ao cargo, metade dos quais mulheres.
Destaca-se o antigo primeiro-ministro português que liderou a agência da ONU para os Refugiados, António Guterres, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, a antiga chefe do governo neozelandês e dirigente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Helen Clark, e a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros búlgara e diretora da UNESCO, Irina Bokova.
Na semana passada, Guterres participou no primeiro debate entre candidatos a secretário-geral, uma iniciativa inédita na história da organização.
Durante a sua participação, o candidato disse que apoiaria a reforma do Conselho de Segurança e que aplicaria paridade de género nas nomeações na organização.
O português defendeu ainda que o próximo secretário-geral da ONU tem de ser "sólido", um "símbolo de unidade" e que "precisa saber combater, e derrotar, o populismo político, o racismo e a xenofobia."
Esta é a primeira vez que a ONU abre as portas ao processo de seleção do novo secretário-geral, respondendo a pressões internas e externas para tornar o processo mais aberto ao escrutínio do publico.
Na prática, o processo de escolha continuará o mesmo: em reuniões à porta fechada, o Conselho de Segurança aprovará um nome, tendo os cinco membros permanentes (Estados Unidos da América, Reino Unido, Rússia, França e China) direito a veto; esse nome será depois submetido para aprovação à Assembleia Geral.
Vários Estados e organizações não governamentais desejam que seja escolhida para o cargo, pela primeira vez, uma mulher. Também existem pressões para que o escolhido venha da Europa de Leste, região que nunca teve um secretário-geral.
A organização espera ter encontrado o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano, durante o outono.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com