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EUA pedem a Caracas que não atrasem referendo revogatório presidencial

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu hoje ao Governo da Venezuela que não atrase e que realize "de maneira adequada" o referendo revogatório do mandado do Presidente Nicolás Maduro.

EUA pedem a Caracas que não atrasem referendo revogatório presidencial
Notícias ao Minuto

23:18 - 01/08/16 por Lusa

Mundo John Kerry

"Pedimos às autoridades venezuelanas que permitam que este processo [referendo] avance de uma maneira oportuna e justa e não brinquem com atrasos que favoreçam uma parte perante a outra, em vez da vantagem da democracia", disse.

John Kerry falava aos jornalistas, em Washington, durante uma conferência de imprensa com a ministra colombiana de Relações Exteriores, Maria Ângela Holguín, transmitida pela televisão norte-americana.

"Acreditamos e apoiamos a noção do diálogo. É difícil o diálogo nesta situação. Temos tido o nosso sub-secretário Thomas Shannon, que foi à Venezuela e se reuniu com o Presidente Nicolás Maduro e com a oposição para tratar de ajudar a incentivar o diálogo", disse.

Segundo John Kerry "as necessidades básicas da Venezuela não estão a ser cumpridas e a situação (crise político-económica) está a piorar cada vez mais, de muitas formas".

As declarações do secretário de Estado dos EUA tem lugar em momentos em que os venezuelanos esperam que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dê como válidas as assinaturas de 1% dos eleitores, manifestando a "intenção" de convocar um referendo revogatório do mandado do Presidente Nicolás Maduro.

Se o CNE autorizar, a oposição deverá recolher 20% (aproximadamente quatro milhões) das assinaturas dos eleitores, ativando o processo que poderá levar ao referendo0.

A oposição quer realizar o "referendo revogatório" ainda em 2016 e tem acusado o CNE de atrasar a calendarização das diferentes etapas do processo.

Se o referendo se realizar até 10 de janeiro de 2017 deverão ser convocadas novas eleições presidenciais, segundo a legislação venezuelana. Se o referendo for convocado para depois dessa data, o vice-presidente da Venezuela assumirá os destinos do país até 2019, quando terminaria o atual mandato presidencial.

Simpatizantes de Nicolás Maduro e ministros do seu Governo têm insistido que será impossível realizar o referendo ainda em 2016.

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