Do total de 160.000 refugiados que devem ser acolhidos nos países da UE, no âmbito do programa acordado de realojamento a partir da Itália e Grécia até 2017, até ao momento só foram colocados apenas cerca de 4.000.
Depois de reunir-se com Tsipras, Grandi agradeceu a Grécia "por dar o exemplo" na crise de refugiados, já que a situação poderia evoluir "muito mal" e "isso não aconteceu", por isso, o país deve sentir-se "orgulhoso".
"Isso mostra o que pode fazer a solidariedade no sul da Europa. Como um italiano que eu sou, posso compartilhar um pouco desse orgulho, porque acho que o mesmo se aplica ao meu país", continuou Grandi.
O alto-comissário disse que é preciso "mostrar" ao resto da Europa que acolher refugiados "é viável", referindo ainda que o processo de pré-registo na Grécia foi um exemplo de "boa gestão".
O ministro da Imigração grego, Yannis Muzalas, anunciou na terça-feira a conclusão do processo com o registo de 54.000 pessoas no território da Grécia, em colaboração com o ACUNUR, com o Escritório Europeu de Apoio e Asilo (EASO) e o serviço grego de asilo.
Tsipras sublinhou hoje que "apesar das dificuldades", conseguiram "melhorar a cooperação" com as agências internacionais e destacou o papel "muito importante" do ACNUR, cuja ajuda "foi muito importante para gerir as dificuldades".
O primeiro-ministro grego disse que a Grécia conseguiu mostrar "um rosto humano da Europa" ainda que "a questão mais importante seja encontrar uma solução permanente para a (guerra) Síria, algo sobre o qual não se mostrou "otimista".