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Israel vai construir mais 463 habitações em colonatos na Cisjordânia

Israel aprovou a construção de mais 463 habitações em colonatos na Cisjordânia, território palestiniano ocupado há quase 50 anos, foi hoje divulgado.

Israel vai construir mais 463 habitações em colonatos na Cisjordânia
Notícias ao Minuto

19:25 - 31/08/16 por Lusa

Mundo Território

Apesar da reprovação internacional, incluindo de países aliados como os Estados Unidos, as autoridades israelitas têm mantido esta política.

Segundo uma organização israelita não-governamental anti colonatos, designada "A Paz Agora", 50 habitações já têm a aprovação final da comissão competente para serem construídas no colonato de Elkana e outras 234 receberam a aprovação inicial.

As restantes 179 habitações foram já construídas no colonato de Ofarim, mas só agora foram aprovadas formalmente, disse, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, Hagit Ofran, uma porta-voz da organização israelita.

Estes programas "são todos complicados", referiu a representante.

Os israelitas "continuam a planear e a avançar com o planeamento (...) é mau para a solução dos dois Estados e para Israel", acrescentou.

A solução dos dois Estados - a criação de um Estado palestiniano coexistente em paz com Israel -- tem sido a peça central dos vários projetos internacionais de regulação do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.

Em reação a este novo anúncio, os Estados Unidos já expressaram a sua "profunda" preocupação.

"Estamos profundamente preocupados com este anúncio", declarou à AFP um responsável norte-americano sob condição de anonimato, referindo que esta medida representa "uma séria e crescente ameaça para a viabilidade de uma solução de dois Estados".

A colonização, ou seja a construção de edificações civis em terras ocupadas por Israel desde 1967, tem sido um grande obstáculo para a paz naquela região.

O processo é considerado ilegal pela comunidade internacional, mas tem sido mantido por todos os governos israelitas, incluindo o atual executivo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que figura entre os defensores dos colonatos.

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