Sánchez abre ronda de contactos mas recusa liderar alternativa
O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, anunciou hoje uma ronda de contactos com todos os partidos espanhóis para tentar encontrar uma solução que permita desbloquear o impasse para a formação de um Governo, mas recusou liderar uma alternativa.
© Reuters
Mundo PSOE
"Vou falar com todas as forças políticas, desde os nacionalistas ao PP [Partido Popular], desde Podemos aos Ciudadanos, mas não me estou a posicionar para liderar uma alternativa. Que isto fique muito claro", disse Pedro Sánchez no final de uma reunião da Comissão Permanente do Executivo Federal do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Sánchez quer saber "exatamente qual é a posição dos outros partidos políticos" depois de o líder do PP (direita), Mariano Rajoy, ter fracassado na sexta-feira a segunda votação de investidura no parlamento, com 180 votos contra e 170 a favor, o mesmo número da votação de dois dias antes.
O atual chefe do Governo em funções e líder do Partido Popular (PP, direita) teve o apoio de 137 deputados do PP, 32 do partido de centro-direita Ciudadanos e um do partido regional Coligação Canária.
O resto da assembleia votou contra, entre eles os 85 do PSOE e os 71 da coligação da esquerda radical Unidos Podemos.
O resultado, que já era esperado, confirma o período de grande incerteza política em que Espanha vive e que, se não for desfeito até 31 de outubro próximo, irá significar a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições 54 dias depois, provavelmente para 25 de dezembro.
Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.
Nas eleições de 26 de junho, o PP foi o partido mais votado (33,0 % dos votos e 137 deputados), seguido pelo PSOE (22,7 % e 85), Unidos Podemos (21,1 % e 71) e Ciudadanos (13,0 % e 32).
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