Sánchez despede-se e promete "apoio leal" à nova direção socialista
Pedro Sánchez assegurou hoje em Madrid que dará o seu "apoio leal" à direção de gestão, que deverá ser anunciada nas próximas horas para liderar o PSOE depois da sua demissão de secretário-geral.
© Reuters
Mundo PSOE
O ex-líder socialista repetiu que foi com "orgulho " e "honra" que durante dois anos liderou os socialistas espanhóis PSOE e despediu-se dos militantes e simpatizantes.
Pedro Sánchez deu esta conferência de imprensa após ter apresentado a sua demissão de secretário-geral do PSOE, depois da sua proposta para realizar um congresso extraordinário do partido em novembro ter sido recusada por uma maioria de membros do comité federal reunido em Madrid.
A demissão tem lugar depois de uma reunião muito tensa que começou às 09:00 (08:00 de Lisboa).
Depois de dois anos à frente do PSOE, Pedro Sánchez não resistiu às críticas de vários "barões" do partido à sua liderança que derrotaram a sua proposta por 133 votos contra 107.
O comité federal socialista continua reunido para escolher a comissão de gestão que irá dirigir o PSOE até à realização de um congresso que irá escolher um novo secretário-geral.
Os socialistas espanhóis reuniram-se hoje para apreciar a proposta de Pedro Sánchez de eleger um novo secretário-geral este mês e fazer um congresso extraordinário em novembro, recusando apoiar um Governo do PP.
A proposta enfrentou a oposição do setor crítico que acabou por se constatar ser maioritário, que também quer a convocação de um congresso (ordinário), mas apenas para depois da formação de um novo Governo em Espanha.
A grande questão neste momento é saber se a demissão vai ter como consequência a abstenção do PSOE a um Governo do PP (Partido Popular, de direita) que evite a marcação de eleições legislativas.
Se o impasse político em Madrid não for desbloqueado até 31 de outubro próximo, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições.
Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.
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