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Mundo terá de pedir contas à Rússia para não "violar normas da guerra"

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, insistiu na quarta-feira que o mundo terá de pedir contas à Rússia se não quiser "violar as normas e os padrões da guerra moderna" na Síria.

Mundo terá de pedir contas à Rússia para não "violar normas da guerra"
Notícias ao Minuto

06:13 - 20/10/16 por Lusa

Mundo John Kerry

John Kerry admitiu serem fracas as expectativas de que as equipas dos Estados Unidos e da Rússia, reunidas em Genebra, cheguem a um acordo para uma trégua na Síria.

Kerry reiterou a sua frustração devido ao elevado número de vítimas civis que causaram os ataques russos à cidade de Aleppo e advertiu, inclusivamente, que se Moscovo alcançar o objetivo de que o regime de Damasco reconquiste esta localidade, isso "não mudará nada na guerra" e "só piorará as coisas".

"Cada bomba lançada pela Rússia e o regime de Bachar Al-Assad está a radicalizar mais e mais gente", disse Kerry, numa conferência de imprensa junto do homólogo sul-coreano, Yun Byung-Se.

Na quarta-feira, a trégua nos ataques russos e sírios em Aleppo atingia o seu segundo dia, quando a Rússia anunciou que iria estender de oito para onze horas o cessar-fogo unilateral para que os civis e rebeldes pudessem sair da cidade.

A Rússia acrescentou então que os seus aviões, bem como os caças sírios, estavam a dar tempo para que os civis e rebeldes em Aleppo pudessem abandonar a cidade que ficou destruída nos combates e bombardeamentos, segundo a agência noticiosa AFP.

Entretanto, numa reunião em Berlim, o Presidente francês, François Hollande, explicou que iria trabalhar com a Alemanha para persuadir a Rússia a adotar uma trégua em Aleppo de longa duração.

Apesar de iniciativa russa, aguarda-se, hoje, uma cimeira dos líderes da União Europeia (UE) que deverá condenar os ataques de Moscovo contra civis em Aleppo, segundo um projeto de declaração a que a agência AFP teve acesso.

O plano de cessar-fogo da Rússia, que provocou algum ceticismo no Ocidente e as Nações Unidas, é considerado insuficiente para permitir que a ajuda humanitária chegue aos habitantes da cidade que estão atualmente cercados.

Moscovo está a apoiar o regime do presidente sírio, Bachar Al-Assad, na guerra contra os grupos rebeldes, tendo realizado ataques aéreos no norte da cidade de Aleppo.

Sob crescente pressão internacional, numa cidade devastada e com civis mortos, Moscovo anunciou, na terça-feira, que os caças russos e sírios iriam parar de bombardear as posições controladas pelos rebeldes na cidade para abrir o caminho para "uma trégua humanitária".

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