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Primeiro-ministro iraquiano continua contra intervenção turca em Mossul

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, continua a opor-se a uma participação turca na ofensiva para recuperar Mossul aos 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI), disse hoje o próprio após um encontro com o secretário da Defesa norte-americano, Ashton Carter.

Primeiro-ministro iraquiano continua contra intervenção turca em Mossul
Notícias ao Minuto

16:15 - 22/10/16 por Lusa

Mundo Haider al-Abadi

"A batalha de Mossul é uma batalha iraquiana e os que a conduzem são iraquianos", declarou Abadi ao lado de Carter, segundo declarações traduzidas por um funcionário norte-americano.

"Sei que os turcos querem participar, agradecemos-lhes, é algo que os iraquianos vão gerir", disse ainda, adiantando que se o Iraque precisar de apoio pedi-lo-á "à Turquia ou a outro país da região".

O secretário da Defesa norte-americano, que na sexta-feira esteve em Ancara, está a tentar conciliar as posições dos seus dois aliados sobre a batalha para recuperar a segunda cidade do Iraque.

Na sexta-feira, Carter disse estar confiante sobre a integração da Turquia na ofensiva para retomar Mossul, apesar das divergências entre Bagdad e Ancara.

O Presidente Recep Tayyip Erdogan não pretende que a Turquia permaneça à margem das operações em Mossul, mas até ao momento Bagdad tem-se oposto e ainda exigido a retirada de centenas de militares turcos estacionados numa base na cidade de Bachiqa, perto de Mossul, onde treinam combatentes sunitas iraquianos.

Na perspetiva de analistas, citados pela agência France-Presse, o Presidente Erdogan preocupa-se com um novo equilíbrio de forças que será instaurado entre as diferentes comunidades após a libertação da cidade sunita, receando uma posterior supremacia dos curdos e muçulmanos xiitas.

Carter aterrou hoje em Bagdad para uma visita não anunciada, visando fazer um balanço das operações em curso em torno de Mossul, último bastião do EI no Iraque.

Forças iraquianas e 'peshmergas' (combatentes curdos), apoiados pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, desencadearam na segunda-feira a batalha para retomar Mossul, controlada pelos 'jihadistas' do EI desde 2014.

Um jornalista iraquiano, Ali Raysan, foi hoje morto quando fazia a cobertura da ofensiva perto da localidade de Al-Shura, a sul de Mossul, informou o canal para o qual trabalhava, a Al Sumaria TV.

A ofensiva para recuperar Mossul envolve dezenas de milhares de combatentes e pode durar vários meses.

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