Grupo armado sudanês acorda com ONU fim do recrutamento de crianças
O grupo militar Movimento Popular de Libertação do Sudão - Norte (SPLM-N) acordou hoje um plano de ação com a ONU para acabar com o recrutamento de crianças para as suas fileiras.
© Reuters
Mundo Menores
Trata-se da primeira vez que um grupo armado do Sudão se compromete deste modo a evitar a existência de crianças soldado.
O líder do SPLM-N, Malik Agar, afirmou numa conferência de imprensa que o movimento está "muito comprometido" com o plano, embora sem poder adiantar quantas crianças integram as fileiras dos guerrilheiros, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Indicou que num relatório da ONU de 2012 eram referidos 11 rapazes e noutro posterior só apareciam quatro, adiantando que nas zonas controladas pelo grupo vive perto de um milhão de pessoas, incluindo crianças.
"O problema não é o número, mas o facto de estes rapazes não merecerem estar expostos às dificuldades das áreas de combate", sustentou.
O representante no Sudão do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Abdullah Fadil, disse que as agências da ONU não puderam deslocar-se às zonas sob controlo do SPLM-N -- nas montanhas de Nuba e no Nilo Azul -- durante quase seis anos, pelo que não existem números exatos.
O plano de ação prevê o acesso às referidas zonas e tal deverá ocorrer "muito em breve", consideraram Agar e Fadil. Pretende-se que os menores de 18 anos sejam separados dos rebeldes e reintegrados nas suas comunidades, para o que receberão apoio psicossocial.
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