Uma das mais recentes vítimas foi a vice-presidente do Conselho Económico Social e do Ambiente, (CESE), Fatouma Matar Ndiaye, encontrada morta em casa, no fim de semana, depois de ter sido alegadamente degolada pelo motorista.
"Os homicídios tornaram-se num fenómeno quase quotidiano, estamos todos no corredor da morte", disse à agência de notícias Efe um amigo de um taxista que foi recentemente morto a tiro após uma rixa numa gasolineira com outro condutor, considerando a pena de morte a "única maneira de travar" a onda de violência.
Entre os defensores da medida figura o presidente da organização não-governamental islâmica Jamra, Massamba Diop, para quem a pena de morte garante uma "vida pacífica".
"A única forma de acabar com a insegurança é restaurar a pena capital abolida por mimetismo relativamente aos países ocidentais", afirmou, defendendo que "a maioria dos senegaleses que professam o Islão" deseja recuperar a medida.
O deputado Seydina Fall, membro da coligação governamental Aliança para a República (APR), também é conhecido como um dos proeminentes defensores da pena de morte.
Em 2013 apresentou uma proposta de lei na Assembleia Nacional para a restabelecer, mas a iniciativa não granjeou o apoio necessário nem no seu grupo parlamentar, o Benno Bokk Yakaar.
Na segunda-feira, numa cerimónia de homenagem à vice-presidente do CESE, o Presidente do Senegal, Macky Sall, anunciou uma nova lei que prevê o endurecimento das penas para o crime de homicídio.
"Qualquer um que mate passará o resto da vida na prisão. Nunca recuperará a liberdade, pois não poderá beneficiar de uma redução da pena", disse o chefe de Estado.