Deputados de Hong Kong obrigados a jurar fidelidade à China
Os candidatos de Hong Kong a deputados à Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China, vão ter de assinar uma declaração em que juram fidelidade à nação, segundo um novo regulamento noticiado hoje pela imprensa local.
© Lusa
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O requisito foi aprovado no domingo, no final de uma semana de reuniões na última sessão bimestral do ano para a Assembleia Nacional Popular (APN), e surge num momento de tensão entre a China e Hong Kong com o aparecimento de vários partidos que reivindicam a independência da ex-colónia, sob soberania chinesa desde 1997.
A eleição dos 36 deputados de Hong Kong na próxima legislatura da APN (2018-2022), um órgão com mais de 3.000 membros, vai acontecer em dezembro do próximo ano.
Além da fidelidade à nação, os aspirantes devem declarar também o seu compromisso com a constituição do regime comunista e com a Lei Básica de Hong Kong (miniconstituição), elaborada mediante acordos entre a China e o Reino Unido nos antes em que foi negociado o retorno do território.
Juramentos semelhantes foram introduzidos no mês de julho durante as eleições para o Conselho Legislativo, o parlamento local de Hong Kong, e foram criticados por setores pró-democracia, que os classificaram como ataques à liberdade de pensamento.
Foram pedidos compromissos semelhantes aos candidatos a chefe do Executivo, cargo que será eleito em março no próximo ano, um processo que poderá decorrer em clima de tensão devido às reivindicações em anos anteriores para que esta eleição decorra de forma plenamente democrática e por sufrágio universal.
Estas exigências estiveram na origem da "Revolução dos Guarda-Chuvas", o movimento pró-democracia que paralisou durante meses importantes zonas da cidade no outono de 2014.
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