União Europeia apaga hoje 63 velas
O Dia da Europa assinala-se esta quinta-feira e no bolo estão 63 velas que segundo os políticos contactados pelo i estão à espera do fôlego alemão de Angela Merkel. O eurodeputado do PSD, Paulo Rangel considera que as eleições alemãs marcam o calendário europeu, já Vitalino Canas defende que só um rearranjo do Governo de Berlim pode levar a uma “evolução” das instituições.
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Mundo Dia da Europa
Há exactamente 63 anos nasceu o projecto para a Europa que, ao longo dos anos e apesar de todas as crises, tem resultado numa maior integração política e económica. Mas as eleições alemãs em Setembro podem mudar tudo.
Para o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel, a Europa está num momento “crucial” para decidir o futuro. E para este político são as eleições alemãs, a 22 de Setembro, que marcam o calendário europeu.
A chanceler alemã, Angela Merkel disse há duas semanas que a europa precisava de estar preparada para “romper com o passado, de forma a saltar para a frente”. A frase revela o desejo da líder para um salto qualitativo da União Europeia, no entanto resta saber se esse salto significa mais ou menos poder de decisão dos países sob resgate. É que um acordo político mais alargado pode não agradar ao eleitorado alemão e essa é uma preocupação de Merkel, apesar da clara vantagem prevista pelas sondagens.
Já o socialista Vitalino Canas considera que um eventual rearranjo do governo alemão poderia levar a “uma evolução” nas instituições europeias.
Para o antigo presidente da comissão parlamentar dos Assuntos Europeus, as “mudanças de governo na europa não têm sido suficientes para alterar as políticas. François Hollande não chegou, as eleições em Itália acabaram por fragilizar a posição do próprio país, mas na Alemanha há condições para uma evolução”. Na opinião do socialista a mudança só chegará se houver um “fortalecimento social-democrata dos governos europeus”.
Por outro lado, a eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias disse ao i que “as lideranças europeias já mostraram que estão a defender outros interesses que não os das suas populações”.
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