Relações entre São Tomé e Príncipe e Nigéria estão "adormecidas"
O primeiro-ministro são-tomense disse hoje que as relações do seu país com a Nigéria "estão adormecidas" e que "é de extrema urgência" os dois países reunirem-se para encontrar uma solução para a Zona de Desenvolvimento Conjunto (JDA, na sigla inglesa).
© Lusa
Mundo Patrice Trovoada
Patrice Trovoada, que falava à rádio e televisão públicas, disse que as relações com a Nigéria estão "um pouco adormecidas" porque São Tomé e Príncipe "tem um lugar muito marginal" na agenda nigeriana.
O chefe do governo são-tomense justifica o afrouxamento nas relações bilaterais com a desvalorização da moeda nigeriana, a naira, devido à quebra do preço de petróleo e também pelo fato do país vizinho estar a atravessar o que classificou como "uma situação de segurança extremamente complicada".
Por estes dois motivos, Patrice Trovoada considera como "quase normal" este distanciamento.
A preocupação do chefe do Executivo são-tomense é que esse abrandamento nas relações bilaterais "tem uma certa influência na Autoridade Conjunta" porque São Tomé e Príncipe tem um projeto de reestruturação, justificado por questões orçamentais.
"É preciso que urgentemente possamos reunir o Conselho Ministerial Conjunto, que nunca aconteceu desde que o Presidente (nigeriano) Muhammadu Buhari, com a nova equipa, chegou ao poder para nós ajustarmos um pouco as coisas", defendeu.
Patrice Trovoada diz que há "decisões importantes" que têm que ser tomadas a nível da JDA, relacionadas nomeadamente com o orçamento, a reestruturação e "alguns casos pendentes".
"O facto de que órgão mais alto de gestão da Zona Conjunta de Desenvolvimento, que é o Conselho Ministerial Conjunto, não reunir já há bastante tempo é penalizante", lamentou.
Patrice Trovoada adiantou que as autoridades são-tomenses já enviaram "uma série de alertas e sinais" às congéneres nigerianas e que Buhari lhe garantiu que enviaria, em breve, a São Tomé um ministro para se começar a preparar a próxima reunião do Conselho Ministerial Conjunto.
"Eu não sei se estarei com ele nas próximas semanas, mas nós temos duas possibilidades de nos encontrarmos ainda antes do final de janeiro e se tal acontecer veremos como pressionar para que se possa, de facto, tratar dessa questão da Autoridade Conjunta, que hoje é uma questão de extrema urgência", concluiu o governante são-tomense.
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