Síria diz que conversações de paz vão centrar-se num cessar-fogo
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, disse hoje que as conversações de paz previstas para a próxima semana na capital do Cazaquistão vão centrar-se na imposição de um cessar-fogo para permitir a distribuição de ajuda em todo o país.
© Reuters
Mundo Bashar al-Assad
"Penso que no início se vão focar, e será dada prioridade, a um cessar-fogo", disse Assad ao canal de televisão japonês TBS, segundo excertos divulgados pelo seu gabinete.
"Isso destina-se a proteger a vida das pessoas e permitir que a ajuda humanitária chegue a várias zonas da Síria", acrescentou.
As conversações, organizadas pela Turquia, que apoia a oposição, e pelo Irão e a Rússia, que apoiam o regime, começam na segunda-feira em Astana.
A Rússia e a Turquia mediaram uma trégua entre as forças de Assad e os grupos rebeldes no final de dezembro, mas os combates regressaram recentemente a várias zonas do território sírio, especialmente em volta da capital.
O regime tem negociado tréguas locais em que os rebeldes aceitam retirar de determinadas zonas em troca do fim dos bombardeamentos e do levantamento de cercos.
Tais acordos têm sido criticados pela oposição, que os vê como uma estratégia de deslocação de populações.
À TBS, Assad disse que se um acordo semelhante for alcançado em Astana os combatentes da oposição "vão depor as armas e beneficiarão de uma amnistia do Governo".
"É a única coisa que podemos esperar nesta altura", disse.
A oposição anunciou na segunda-feira que vai participar nas conversações de Astana.
Um dos grupos mais importantes, o Ahrar al-Sham, que tem milhares de combatentes no centro e no norte da Síria, anunciou contudo que vai estar ausente dada "a não aplicação do cessar-fogo" em vigor, mas que apoiará quaisquer decisões que sejam "no interesse do país".
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