China anuncia nova lista de exportações interditas para a Coreia do Norte
A China proibiu as exportações para a Coreia do Norte de materiais e tecnologias que possam ser utilizados para construir equipamento militar, como componentes para desenvolver mísseis ou sensores, informou hoje o ministério do Comércio.
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A lista, composta sobretudo por produtos químicos e ligas raras, inclui também programas informáticos, maquinaria, câmaras de alta velocidade e motores de aviões.
O ministério explicou que as medidas, que entraram em vigor na quarta-feira, estão em linha com as últimas sanções contra o regime de Pyongyang, aprovadas pelas Nações Unidas em novembro, em resposta a ensaios nucleares.
O jornal oficial Global Times sugere que a aprovação da lista, nas vésperas da passagem do ano novo lunar na China, terá sido feita por nesta altura, no ano passado, depois de a Coreia do Norte ter testado o lançamento de um míssil e, em 2013, ter realizado o seu terceiro teste nuclear.
O anúncio "é também um aviso para o lado norte-coreano não realizar outro teste nuclear durante o festival da Primavera", disse Jin Qiangyi, especialista na Universidade Yanbian, usando outro termo para o ano novo lunar, citado pelo jornal.
A China é o principal parceiro comercial e fonte de ajuda económica da Coreia do Norte, mas a postura de Pyongyang, que tem desafiado as Nações Unidas com testes com mísseis balísticos e armas atómicas, tem resultado num afastamento entre os dois países comunistas.
No entanto, Pequim teme uma queda do regime, que poderia levar uma enorme vaga de refugiados a entrar no país e ao estabelecimento de tropas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul junto às suas fronteiras.
No início do mês, o Presidente norte-americano, Donald Trump, queixou-se que a China "não ajuda com a Coreia do Norte", apesar de beneficiar dos laços comerciais com os EUA.
O novo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, acusou mesmo a China de fazer "promessas vazias" na questão da Coreia do Norte e ameaçou impor sanções contra empresas chinesas que violem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
"Se a China não cumprir com as sanções aprovadas pelas Nações Unidas, será apropriado que os EUA considerem ações que forcem ao cumprimento", afirmou Tillerson, no início deste mês.
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