Esperaram 7 anos para entrar nos EUA. Agora foram "bem-vindos"
Munther Alaskry, um engenheiro iraquiano de 37 anos que passou quase uma década a trabalhar para o Governos dos Estados Unidos no seu país e recebeu ameaças de morte, na sexta-feira conseguiu entrar em território norte-americano.
© Reuters
Mundo Território
A sua chegada, com a família, a território norte-americano acaba com uma semana cheia de ansiedade, depois de ter sido inicialmente banido de entrar nos Estados Unidos por causa da ordem executiva do Presidente Donald Trump.
A ordem de Donald Trump suspende durante 120 dias o programa de acolhimento de refugiados dos Estados Unidos e para durante 90 dias a emissão de vistos a cidadãos de sete países, nomeadamente Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irão e Iémen.
A sua vida, salientou, transformou-se subitamente, parecendo estar num filme.
"Não acredito que isto é real. Assistíamos a filmes norte-americanos e é como se a minha vida estivesse num agora. Estou sem palavras", afirmou.
Munther Alaskry esperou sete anos por um visto especial para os Estados Unidos. Mas a última semana foi a mais longa. O engenheiro e a família foram retirados da última etapa do seu voo para Nova Iorque, umas horas apenas depois da ordem executiva de Donald Trump.
A mulher estava a tremer quando foi escoltada para fora do avião na Turquia. Os filhos a chorar.
Quando regressaram a Bagdade, Munther Alaskry pensou que a sua esperança de viver livre de ameaças de morte tinha sido destruída. Mas, a embaixada dos Estados Unidos no Iraque voltou a ligar e a dizer que eram "bem-vindos".
Depois de aterrar em Nova Iorque, a família esteve a preencher papéis durante cerca de cinco horas. O engenheiro disse que se sentia emocionalmente entre o "inferno e o céu".
Há cerca de uma semana, estava a consolar a sua filha de sete anos, que o questionou, em lágrimas, sobre as razões pelas quais os norte-americanos não os queriam.
Na sexta-feira, a filha segurava um papel colorido coberto de corações om as palavras "bem-vindos".
Munther Alaskry é um dos cerca de 12 intérpretes iraquianos que contactaram com a AP quando foram retirados de aviões ou que viram os seus voos cancelados após a ordem executiva de Donald Trump.
A proibição ultrajava os veteranos de combate que depositaram as suas vidas nas mãos daqueles iraquianos.
O Pentágono recomendou que os iraquianos que apoiaram a missão dos Estados Unidos no país fossem autorizados a entrar.
"Sempre que vejo as pessoas a protestarem nas notícias, choro", disse Munther Alaskry.
"Aquelas pessoas não me conhecem. Não conhecem a minha história, se soubessem que há centenas como eu que apoiam as tropas norte-americanas", desabafou.
Quando Donald Trump foi eleito, Munther Alaskry disse que ficou contente por acreditar que poderia ajudar o Iraque na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico.
"Só quero dizer ao Presidente Trump que somos aliados. Nós queremos ser seus amigos. Nós olhamos para os Estados Unidos da América como o nosso irmão mais velho", disse.
Agora, Munther Alaskry já pode cumprir o sonho da sua filha de ir à Disneylândia. Mas primeiro na sua lista há um local turístico diferente: A Estátua da Liberdade.
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