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Egipto reforça segurança na península do Sinai

O Egito reforçou o dispositivo de segurança no norte da península do Sinai, manobras que poderão anteceder uma eventual operação para a libertação de sete polícias e soldados sequestrados na quinta-feira passada.

Egipto reforça segurança na península do Sinai
Notícias ao Minuto

18:03 - 20/05/13 por Lusa

Mundo Reféns

Segundo fontes militares egípcias, citadas pela agência noticiosa espanhola EFE, as autoridades egípcias decidiram enviar para a região um número indeterminado de helicópteros e veículos blindados, entre outros reforços.

A agência estatal egípcia Mena destacou que foram enviados para a zona 80 grupos de combate e cerca de 26 veículos blindados, enquanto a televisão estatal egípcia divulgou que chegaram à cidade de Al Arish, capital do Sinai-Norte, reforços militares que integram veículos todo-o-terreno, lança-foguetes e outros tipos de armas e munições.

Três polícias e quatro soldados foram raptados na quinta-feira passada na península egípcia do Sinai por homens armados que exigiam a libertação de um grupo, detido num posto da polícia no Sinai-Norte.

Os polícias sequestrados trabalhavam na passagem de Rafah, a única via aberta entre a Faixa de Gaza e o Egito. Como medida de represália, a polícia decidiu fechar a passagem comercial na fronteira com Israel e a passagem de Rafah com a Faixa de Gaza.

Apesar destas manobras no terreno, os contactos entre os sequestradores e os chefes tribais da zona prosseguem.

Em declarações à agência Mena, uma fonte das forças de segurança egípcias negou ter recebido qualquer instrução para iniciar uma operação para a libertação dos reféns.

Por outro lado, um porta-voz do Ministério da Defesa egípcio disse hoje, em declarações aos jornalistas, que o exército não irá ceder às exigências dos sequestradores e que a libertação dos reféns deverá ser realizada "sem condições".

O próprio Presidente egípcio, Mohamed Morsi, rejeitou, no domingo, qualquer negociação com os sequestradores, depois da divulgação de um vídeo na Internet que mostrava os sete reféns de olhos vendados e de mãos na cabeça.

"Não há qualquer negociação com os criminosos", afirmou então Morsi.

O clima de tensão na península do Sinai aumentou após o sequestro dos elementos das forças de segurança.

Hoje de madrugada, um grupo de homens armados atacou um acampamento das forças de segurança egípcias no Sinai-Norte, sem provocar vítimas.

A agência Mena informou que os atacantes utilizaram armas pesadas para atacar o acampamento, indicando que os responsáveis pela segurança do campo militar responderam ao ataque e conseguiram que o grupo armado recuasse.

Em sinal de protesto contra o sequestro dos companheiros, os polícias do Sinai-Norte decidiram hoje iniciar uma greve e aderir a uma manifestação em Rafah, na fronteira com Gaza.

A segurança no Sinai degradou-se fortemente desde a chamada "primavera árabe", que afastou do poder o presidente Hosni Mubarak, no início de 2011, com vários sequestros e atentados.

O norte da península desértica, subdesenvolvido, tornou-se refúgio de vários grupos islamitas, enquanto o sul regista sinais de prosperidade, devido aos rendimentos da atividade turística.

Estes raptos são, em geral, organizados por beduínos, que pretendem trocar os reféns por militantes detidos, mas os islamitas também têm aproveitado a situação para perpetrar ataques na zona ou contra Israel.

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