Chris Gard e Connie Yates estão numa batalha judicial contra o hospital onde está internado o filho, de seis meses, diagnosticado com uma doença extremamente rara e aparentemente sem possibilidades de cura.
O pequeno Charlie tem síndrome de depleção mitocondrial, uma condição que absorve a energia dos seus órgãos e músculos e que o impede de viver sem suporte básico de vida. Acredita-se que só 16 pessoas no Reino Unido sofram desta condição, que é apontada pelos médicos com incurável.
O corpo de clínicos do Hospital Great Ormond Street, em Londres, é perentório ao afirmar que desligar as máquinas e deixar o bebé morrer é o caminho mais acertado a seguir, mas os pais recusam-se a aceitar.
"Tentámos dar ao Charlie a melhor hipótese de sobrevivência possível, mas a sua condição deteriorou-se e sentimos agora que esgotámos todas as opções. Sabemos que é extremamente angustiante para a família e estamos disponíveis para a apoiar como pudermos, mas defendemos aquilo que achamos melhor para o Charlie”, explicou ao Daily Mail o porta-voz do hospital.
Chris Gard e Connie Yates não estão, porém, conformados e querem recorrer a um tratamento pioneiro e experimental nos Estados Unidos que acreditam que possa ditar a sobrevivência de Charlie. Precisam de um milhão de dólares para fazê-lo e estão numa corrida contra o tempo para arrecadar o valor necessário através de doações.
Uma vez que os pais não aceitam a decisão dos médicos, o hospital recorreu à justiça. Esta sexta-feira acontecerá a primeira audiência de um caso que ditará se o suporte básico de vida é desligado e se o pequeno Charlie é deixado morrer.