São Tomé: Eliminação do paludismo é "importante" na luta contra pobreza
O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho defendeu hoje a eliminação do paludismo como "condição essencial" para o desenvolvimento" do arquipélago e "uma vertente importante na luta contra a pobreza".
© Lusa
Mundo Evaristo Carvalho
"A eliminação do paludismo é sem duvida a condição essencial para o desenvolvimento nacional e constitui uma vertente importante na luta contra a pobreza", disse Evaristo Carvalho durante o encontro que marcou a reativação da Comissão Nacional de Luta Contra o Paludismo, que passou desde hoje a ter como presidente o próprio chefe de Estado.
A Comissão Nacional de Luta contra o Paludismo estava inativa há mais de 10 anos, mas as autoridades sanitárias decidiram reabilitá-la, numa altura em que a pré-eliminação da doença em S. Tomé e sua eliminação na ilha do Príncipe passaram a constituir a estratégia nacional de luta contra a malária.
"Com o total compromisso de todos os governantes, técnicos incluindo a população, é a condição primária para o bom êxito deste processo da nova era da eliminação do paludismo em São Tomé e Príncipe", acrescentou Evaristo Carvalho.
O governo são-tomense definiu como meta para a eliminação definitiva do paludismo em São Tomé e Príncipe o ano de 2025 e a Organização Mundial da Saúde (OMS), um dos principais parceiros do país na luta contra a doença, garante o seu apoio
"A Organização Mundial da Saúde continuará a mobilizar assistência técnica necessária em todos os domínios para acompanhar e ajudar o país a trilhar esse novo caminho rumo a eliminação", garantiu na ocasião a representante residente da OMS, Rosa Maria Silva.
O encontro, tido como de promoção para mobilização de todos na luta contra a doença, reuniu membros do governo, representantes de missões diplomáticas, doadores do programa de luta contra o paludismo e técnicos da saúde.
Durante o evento foram apresentadas as novas orientações estratégicas, desde a fase de controlo à eliminação da endemia.
O paludismo atingiu a fase mais forte no arquipélago em 1986, quando pelo menos 279 pessoas morreram vítimas da doença.
Dados mais recentes sobre o número de óbitos ou pessoas internadas com paludismo não foram avançadas, mas fonte sanitária disse a Lusa que "há uma tendência de crescimento do número de pessoas infetadas".
A mesma fonte adiantou que as comunidades de Almas e Praia Melão, no distrito de Mé Zochi, e Oque-del-Rei e Pantufo, no distrito de Água Grande, são os principais focos de paludismo.
"São localidades onde tradicionalmente a população recusa a aplicação da pulverização nos seus domicílios", explicou.
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