Confederação Europeia de Sindicatos reclama saída de Dijsselbloem
A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) reclamou hoje a demissão imediata do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e a sua substituição por alguém com "uma mente mais aberta", capaz de construir consensos entre os países da zona euro.
© Reuters
Mundo Despedimento
"Os seus insultos acerca de países gastarem dinheiro em mulheres e álcool são suficientemente maus, mas o verdadeiro problema é que ele já não será ministro no novo Governo holandês. Ele deve demitir-se imediatamente. O seu partido perdeu as eleições, e ele tem que sair", defendeu hoje o secretário-geral da CES, em comunicado divulgado em Bruxelas.
De acordo com Luca Visentini, "a Europa necessita de um presidente do Eurogrupo com uma mente mais aberta, que seja capaz de construir consensos entre os ministros, de forma a conseguir dar à Europa aquilo que ela desesperadamente necessita: uma forma de aumentar o investimento público, uma reforma do pacto de estabilidade e crescimento e um aumento da procura através de aumentos salariais nos setores público e privado".
"A Europa necessita de políticas genuinamente amigas do crescimento, muito diferentes das políticas conservadoras e neoliberais que o senhor Dijsselbloem praticou durante o seu mandato", conclui o secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos.
O Governo português pediu o afastamento de Dijsselbloem da presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro, na sequência da entrevista da passada segunda-feira ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, na qual o político holandês observou que "durante a crise do euro, os países do norte mostraram solidariedade com os países afetados pela crise", mas "também deve haver obrigações" e "não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda".
"A Europa só será credível com um projeto comum no dia em que o senhor Djisselblom deixe de ser presidente do Eurogrupo e haja um pedido de desculpas claro, relativamente a todos os países e povos que foram profundamente ofendidos por estas declarações", disse na quarta-feira o primeiro-ministro António Costa.
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