ONU expressa ao Chile preocupação com abusos dos direitos humanos
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, manifestou hoje à Presidente chilena, Michelle Bachelet, a sua preocupação com a situação na região de Araucanía, onde vive a maior parte da etnia mapuche.
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Mundo Indígenas
"Um reconhecimento adequado e um diálogo significativo são essenciais, sobretudo na região da Araucanía, onde os meus escritórios estão preocupados com as informações obre o uso excessivo da força e outros abusos contra membros dos grupos indígenas", disse o responsável das Nações Unidas, citado pela agência Efe.
O diplomata reconheceu, não obstante, "as iniciativas e o trabalho de apoio do Governo chileno em muitas questões de direitos humanos", numa mensagem gravada em vídeo e difundida durante uma sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos celebrada hoje em Genebra por motivo da visita de Bachelet.
Em resposta ao alto-comissário, a subsecretária chilena para os Direitos Humanos, Lorena Fries, reconheceu no final da sessão "a necessidade" de o Chile "avançar na superação do conflito entre o Estado chileno e o povo mapuche".
"Como todos os países, temos ainda grandes desafios pela frente e esses desafios têm a ver com os temas da igualdade e da não-discriminação", disse Fries.
"Podemos sempre avançar. O que não pode acontecer -- como disse hoje a Presidente da República nesta tribuna -- é que haja retrocessos em matéria de direitos humanos", acrescentou.
Zeid Ra'ad al Hussein, que elogiou e agradeceu o desempenho do Governo chileno em matéria de direitos humanos, informou no mesmo vídeo que se reuniu no início da sessão com a titular da recém-criada Subsecretaria de Estado, que "tem o mandato para criar o primeiro plano de ação nacional do Chile" e a quem a ONU manifestou a disponibilidade para "ajudar" no exercício das funções.
O alto-comissário sublinhou ainda "o processo participativo para a adoção de uma nova Constituição, incluindo um mecanismo específico para a participação dos povos indígenas".
"Isto é louvável. As gerações de discriminação criaram uma profunda injustiça e desigualdade", afirmou, manifestando-se "convencido" de que "o compromisso do Chile com os direitos humanos será a melhor salvaguarda da sua democracia e garantirá o seu percurso em direção a um desenvolvimento sustentável".
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