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Rússia garante não ter confirmação de perseguição a homossexuais

A Rússia garantiu esta sexta-feira não ter confirmação sobre os relatos de detenções e mortes de homossexuais na república da Chechénia, que já foram negadas pelas autoridades chechenas.

Rússia garante não ter confirmação de perseguição a homossexuais
Notícias ao Minuto

11:05 - 15/04/17 por Lusa

Mundo Chechénia

O reputado jornal russo Novaya Gazeta noticiou este mês que a polícia chechena prendeu mais de cem homens suspeitos de serem homossexuais e que pelo menos três destes foram mortos. As autoridades da Chechénia, uma república russa de maioria muçulmana, negaram, mas o alto-comissário para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas incitou o governo russo a investigar o caso.

"Não temos informação fidedigna sobre quaisquer problemas nesta área", afirmou hoje o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, Dmitry Peskov em declarações à imprensa, citado pela agência Associated Press.

Num comunicado hoje divulgado, o jornal Novaya Gazeta referiu temer pela segurança dos seus jornalistas após ter revelado a perseguição de homossexuais na Chechénia.

De acordo com o jornal, num encontro no início desta semana na maior mesquita da Chechénia, as pessoas que revelaram a história foram ameaçadas com "represálias". O diretor do jornal, Dmitry Muratov, apelou às autoridades para que investiguem as ameaças.

A delegação russa da Amnistia Internacional fez também esta sexta-feira eco destas preocupações, referindo que teve lugar esta semana, dias depois da notícia do jornal, um encontro de anciãos e clérigos chechenos no qual houve ameaças contra aqueles que "insultaram os fundamentos centenários da sociedade chechena e a dignidade dos homens chechenos".

A Amnistia Internacional "considera esta resolução uma ameaça de violência contra jornalistas".

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