Rússia garante não ter confirmação de perseguição a homossexuais
A Rússia garantiu esta sexta-feira não ter confirmação sobre os relatos de detenções e mortes de homossexuais na república da Chechénia, que já foram negadas pelas autoridades chechenas.
© iStock
Mundo Chechénia
O reputado jornal russo Novaya Gazeta noticiou este mês que a polícia chechena prendeu mais de cem homens suspeitos de serem homossexuais e que pelo menos três destes foram mortos. As autoridades da Chechénia, uma república russa de maioria muçulmana, negaram, mas o alto-comissário para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas incitou o governo russo a investigar o caso.
"Não temos informação fidedigna sobre quaisquer problemas nesta área", afirmou hoje o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, Dmitry Peskov em declarações à imprensa, citado pela agência Associated Press.
Num comunicado hoje divulgado, o jornal Novaya Gazeta referiu temer pela segurança dos seus jornalistas após ter revelado a perseguição de homossexuais na Chechénia.
De acordo com o jornal, num encontro no início desta semana na maior mesquita da Chechénia, as pessoas que revelaram a história foram ameaçadas com "represálias". O diretor do jornal, Dmitry Muratov, apelou às autoridades para que investiguem as ameaças.
A delegação russa da Amnistia Internacional fez também esta sexta-feira eco destas preocupações, referindo que teve lugar esta semana, dias depois da notícia do jornal, um encontro de anciãos e clérigos chechenos no qual houve ameaças contra aqueles que "insultaram os fundamentos centenários da sociedade chechena e a dignidade dos homens chechenos".
A Amnistia Internacional "considera esta resolução uma ameaça de violência contra jornalistas".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com