Unidos Podemos acusado de "má-fé e falta de rigor"
O líder parlamentar do PSOE, o maior partido da oposição espanhola, acusou hoje de "má-fé e falta de rigor" o responsável máximo do Unidos Podemos, que anunciou uma moção de censura contra o Governo de Mariano Rajoy.
© Reuters
Mundo PSOE
Antonio Hernando sublinhou que Pablo Iglesias, líder do Podemos, o partido mais importante da coligação de extrema-esquerda Unidos Podemos, avança com a proposta "com a mesma má-fé e falta de rigor" com que no ano passado anunciou um Governo de coligação com o PSOE e em seguida votou contra o candidato socialista.
"Quando alguém quer que uma moção de censura avance não diz que, aconteça o que acontecer, a irá apresentar e que depois logo falará com os outros [partidos]. Tem primeiro de a trabalhar e só depois a anuncia", sustentou Antonio Hernando.
Pablo Iglesias anunciou hoje no Congresso dos Deputados (parlamento) a iniciativa de preparar uma moção de censura, que será levada a cabo nos próximos dias, assegurando que esta irá até ao fim, mesmo que não seja apoiada por mais forças políticas.
Iglesias explicou que a decisão foi tomada na sequência dos últimos casos de corrupção que alegadamente envolvem membros do Partido Popular (PP, direita), que sustenta o Governo.
O regulamento do parlamento estipula que a moção de censura para exigir a responsabilidade política do Governo tem de ter, pelo menos, o apoio de um décimo dos deputados - 35, tendo a coligação Unidos Podemos 67 -- e a proposta deve incluir ainda um candidato à presidência do Governo que tenha aceitado essa candidatura.
Membros do PP estão a ser investigados numa série de casos de corrupção, enriquecimento ilícito e branqueamento de capitais, entre outras suspeitas.
Na semana passada, foram abertos novos processos e o ex-presidente da Comunidade Autónoma de Madrid Ignacio González foi detido pela polícia no quadro de uma operação anticorrupção à empresa pública "Canal Isabel II".
Nas últimas eleições, em 26 de junho do ano passado, o PP foi o partido mais votado, com 33,0% dos votos, seguido pelo PSOE, com 22,7%, Unidos Podemos com 21,1% e Cidadãos com 13,0%.
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